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Preços voltam a cair em setembro. Portugal tem inflação negativa há três meses

Portugal registou deflação, em setembro, pelo terceiro mês consecutivo, algo que não acontecia no país desde o início de 2015.

10 de Outubro de 2019 às 11:13
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Portugal registou em setembro o terceiro mês consecutivo de deflação, com o índice de preços no consumidor a marcar uma evolução negativa face ao período homólogo. No mês passado, o IPC desceu 0,1%, depois das quedas de 0,1% em agosto e 0,3% em julho, confirmou o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira, 10 de outubro.

Significa isto que há três meses que os preços estão em queda face ao mesmo período do ano passado, algo que não acontecia em Portugal desde o início de 2015.

A contribuir decisivamente para este cenário estiveram os preços da energia, como é visível pela evolução da inflação subjacente - que exclui os preços mais voláteis da energia e dos produtos alimentares não transformados – que registou uma subida ligeira de 0,2%, tal como havia acontecido em agosto.

O INE sublinha que a queda dos preços no país decorreu de "decisões administrativas que afetaram o comportamento dos preços para um conjunto de produtos relevantes no IPC".

"Excluindo do IPC os preços da eletricidade (revisão tarifária em janeiro e descida parcial da taxa de IVA em julho), gás natural (descida parcial da taxa de IVA em julho), transportes públicos (alterações implementadas nos preços dos passes no âmbito do Programa de Apoio à Redução Tarifária – PART), serviços telefónicos (imposição de limites de preços nas comunicações para a União Europeia em maio – Regulamento UE 2018/1971) e manuais escolares (alargamento da gratuitidade a todos os alunos do ensino público obrigatório, em setembro), estima-se uma variação homóloga de 0,4% em setembro (taxa idêntica à de agosto e 0,1% em julho)", lê-se no comunicado do gabinete de estatísticas.

Na evolução em cadeia, ou seja, face a agosto, o índice de preços no consumidor cresceu 1,1%, depois da descida de 0,1% observada no mês anterior.

Nesta comparação, destacam-se as classes do vestuário e calçado, onde os preços passaram de uma quebra de 5,1% para uma descida de apenas 1,5%, e das bebidas alcoólicas e tabaco, onde os preços aumentaram 1,9%.

Em sentido contrário, é de assinalar as reduções das taxas de variação homóloga das classes do lazer, recreação e cultura e dos restaurantes e hotéis, com quedas de 1,4% e 0,6%, respetivamente, depois dos aumentos de 0,4% e 0,6% em agosto.

No que respeita ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, o indicador utilizado pelo Eurostat para comparar a evolução dos preços nos vários Estados-membros, fixou-se nos -0,3%, o que compara com -0,1% em agosto.


(Notícia atualizada às 11:30)

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