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Preços na Zona Euro já crescem ao maior ritmo dos últimos dois anos
O Eurostat revela que a taxa de inflação voltou a acelerar, refletindo o alívio das restrições impostas na pandemia, enquanto o desemprego desceu tanto na UE como na Zona Euro.
De acordo com a estimativa rápida da inflação, revelada esta sexta-feira, 30 de abril, pelo Eurostat, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) na Zona Euro subiu 1,6% face ao mesmo mês do ano passado, o que representa o maior crescimento desde abril de 2019 (1,7%).
Este número traduz ainda uma aceleração face a março, em que a taxa de inflação já havia subido para 1,3%. Nos dois primeiros meses do ano, a inflação ficou nos 0,9%.
Este crescimento está a ser alimentado sobretudo pela energia, cujos preços subiram 10,3% em abril, face ao período homólogo. Nos serviços, o aumento foi de 0,9% (inferior ao ganho de 1,3% de março) e na alimentação, álcool e tabaco foi de 0,7% (também inferior à subida de 1,1% do mês anterior).
Ainda assim, a evolução dos preços é muito díspar entre os vários países da região, com a Grécia e Portugal a registarem uma inflação negativa – de -0,8% e -0,1%, respetivamente – e o Luxemburgo a registar um aumento de preços de 3,3%.
Tal como a taxa de inflação, também a taxa de desemprego está a refletir o alívio das medidas de restrição impostas na pandemia, tendo descido de 8,2% em fevereiro para 8,1% em março. Na União Europeia a queda foi de 7,4% para 7,3%.
O Eurostat estima que 15,520 milhões de pessoas estavam desempregadas na UE, em março, das quais 13,166 milhões na Zona Euro. Em relação a fevereiro, são menos 237 mil desempregados na UE e menos 209 mil na Zona Euro.
Apesar da descida, a taxa de desemprego nas duas regiões ainda está acima dos níveis de março de 2020, no início da pandemia, quando o desemprego estava nos 7,1% na Zona Euro e nos 6,4% na União Europeia.