Notícia
Prémios de seguros nas renováveis deverão triplicar
Mercado financeiro já tem nas energias limpas uma importante alavanca
02 de Novembro de 2010 às 15:29
Além da geração de electricidade mais amiga do ambiente, as energias renováveis têm impactos económicos que estão a beneficiar outros sectores, como o financeiro. "O volume de negócios que as renováveis geram no sector segurador andará nos 25 milhões de euros por ano. Dentro de dois ou três anos estimamos que esse valor terá triplicado", afirmou Miguel Moreno, administrador da Companhia de Seguros Tranquilidade.
Apesar dos seus benefícios ambientais, as renováveis não estão isentas de riscos. Sejam eles contratuais, tecnológicos, ambientais e de perdas de terceiros, como elencou Miguel Moreno na conferência "Electricidade Renovável", promovida pela APREN, em parceria com o Negócios. Mas é um mercado que compensa para as seguradoras. "São projectos interessantíssimos, porque têm uma baixa frequência [de incidentes]", admitiu o administrador da Tranquilidade.
Há mais quem ganhe com as renováveis. Caso da banca. Pedro Cabaço, da Caixa BI, estima que o volume de crédito já concedido a promotores de empreendimentos eólicos em Portugal ultrapassa os 4,2 mil milhões de euros. A que se somam cerca de 500 milhões de euros financiados a projectos fotovoltaicos, de acordo com a estimativa do Caixa BI. Um mercado cujo amadurecimento leva a que cada vez mais se recorra ao "project finance", em vez do financiamento corporativo aos promotores.
Pedro Cabaço está céptico quanto à possibilidade de 2011 trazer um maior volume de crédito ao sector das renováveis. "A banca tem restrições fortes de crédito e não nos permite chegar aos níveis de outros anos", justificou, em declarações ao Negócios, o responsável de "project finance" da Caixa BI. MP
Apesar dos seus benefícios ambientais, as renováveis não estão isentas de riscos. Sejam eles contratuais, tecnológicos, ambientais e de perdas de terceiros, como elencou Miguel Moreno na conferência "Electricidade Renovável", promovida pela APREN, em parceria com o Negócios. Mas é um mercado que compensa para as seguradoras. "São projectos interessantíssimos, porque têm uma baixa frequência [de incidentes]", admitiu o administrador da Tranquilidade.
Pedro Cabaço está céptico quanto à possibilidade de 2011 trazer um maior volume de crédito ao sector das renováveis. "A banca tem restrições fortes de crédito e não nos permite chegar aos níveis de outros anos", justificou, em declarações ao Negócios, o responsável de "project finance" da Caixa BI. MP