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Portugueses trabalham cada vez menos horas desde 2002

O número anual de horas trabalhadas em Portugal diminuiu entre 2002 e 2006, revela um estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgado hoje. O sector dos serviços absorve mais de metade do trabalho da economia portuguesa e foi o único em que se verificou um aumento do números de horas, contrastando com o observado nos sectores primário, da indústria e energia e construção.

27 de Fevereiro de 2009 às 11:58
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O número anual de horas trabalhadas em Portugal diminuiu entre 2002 e 2006, revela um estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgado hoje. O sector dos serviços absorve mais de metade do trabalho da economia portuguesa e foi o único em que se verificou um aumento do números de horas, contrastando com o observado nos sectores primário, da indústria e energia e construção.

O INE divulgou hoje, pela primeira vez, informação sobre horas trabalhadas na economia portuguesa.

Entre 2000 e 2006 trabalhou-se em média cerca de 9.800 milhões de horas por ano em Portugal. O valor mais elevado ocorreu em 2002, quando o número de horas trabalhadas atingiu 9.876 milhões. Desde então iniciou-se uma tendência decrescente, até ao fim do período analisado, com 9.741 milhões de horas trabalhadas em 2006.

A duração efectiva média semanal por posto de trabalho reduziu-se em cerca de 20 minutos, entre 2000 e 2006, tendo passado de 34 horas para 33 horas e 40 minutos, o que se ficou a dever aos sectores primário e da construção.

Por sector institucional, são as sociedades não financeiras que apresentam maior duração semanal da jornada de trabalho (cerca de 34 horas), sempre superior à média da economia, apesar da diminuição, em cerca de meia hora, verificada entre 2001 e 2003.

É nas administrações públicas que se observa a menor duração semanal – em torno das 32 horas e meia – situação que se manteve estável ao longo do período. Deve referir-se que a duração média neste sector é influenciada pela duração relativamente mais

baixa observada nos serviços de educação. Não considerando estes serviços, a duração média no período foi de 33 horas, explica o INE.

O valor acrescentando bruto por hora de trabalho no sector primário situa-se em 26% da média da economia enquanto nos serviços financeiros atinge os 445,3%. Nos sectores da indústria e energia o VAB situa-se perto da média da economia enquanto nos transportes e comunicações está acima da média (180%).

Com base nas horas trabalhadas, o INE conclui que a produtividade do trabalho em Portugal cresceu em média 1,2% ao ano, entre 2000 e 2006, com o valor mais alto a ser atingido em 2006 (1,6%).


Produtividade medida face às horas trabalhadas

200120022003200420052006
Sector primário-3,67,7-1,911-3,54,6
Indústria e Energia3,71,13,63,21,63,6
Construção5,7-5-3,4-0,10,80,1
Serviços-0,200-0,20,40,5
Total 1,40,70,71,51,11,6
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