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Portugal tem os salários mais baixos da Europa
Em Portugal a média anual de custos de remuneração é de 17.325 euros. Este é o salário mais baixo da União Europeia a 15, ultrapassado por países como o Chipre, por exemplo. Para casa, depois de impostos, as famílias portuguesas levam apenas 11.771 euro
Em Portugal a média anual de custos de remuneração é de 17.325 euros. Este é o salário mais baixo da União Europeia a 15, ultrapassado por países como o Chipre, por exemplo. Para casa, depois de impostos, as famílias portuguesas levam apenas 11.771 euros, valor que fica muito aquém dos 27.480 euros arrecadados pelos alemães.
Portugal é o país que tem os salários mais baixos no conjunto dos estados-membros mais antigos da Europa, com uma média anual de custos de remuneração de 17.325 euros, sendo inclusivamente ultrapassado pelo Chipre, que tem níveis de remuneração de 20.916 euros.
Em comparação com os alemães, que levam para casa 27.480 euros, as famílias portuguesas ficam com 11.771 euros. Assim, em termos de custos totais de remuneração, Portugal apenas se destaca em relação a países como Malta, República Checa, Estónia, Polónia e Eslováquia.
Estes são dados de um estudo da consultora Deloitte que revelam uma grande divergência nos níveis de remuneração e de custos de segurança social em 19 dos Estados-membros da União Europeia (UE). O estudo aponta, em particular, um grande hiato nos níveis de remuneração entre os novos Estados-membros e os 15 membros existentes antes do alargamento da União Europeia, em Maio do ano passado.
De acordo com a Deloitte, a República Eslovaca tem os custos de remuneração mais baixos, um pouco abaixo dos 6.500 euros. Seguem-se a Polónia e a Estónia com níveis de remuneração de 7.125 e 7.423 euros, respectivamente.
A Alemanha lidera o «ranking» dos salários mais elevados, apresentando custos totais de remuneração de 49.609 euros. Seguem-se a Bélgica (47.391 euros) e a Dinamarca (46.698 euros).
No entanto, as posições relativas dos países alteram-se, quando comparados os custos de impostos e seguros de empregados, em proporção ao total da remuneração paga. No cenário traçado pela consultora, a Irlanda fica em segundo lugar, atrás de Chipre, o que justifica a classificação da Irlanda como uma jurisdição de impostos baixos para os empregados.
Do mesmo modo, quando se comparam os custos da segurança social para o empregador, como percentagem da remuneração, a Irlanda aparece em quinto lugar, atrás da Dinamarca, Chipre, Malta e Reino Unido.
Quando se comparam os custos combinados de impostos e de segurança social do empregado e do empregador, com o custo total do emprego, a Irlanda fica claramente em segundo lugar, atrás de Chipre, com Malta e o Luxemburgo nas terceira e quarta posições respectivamente.