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Portugal tem de apostar no conhecimento para crescer e criar riqueza

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho disse, hoje, em Guimarães, que Portugal "precisa de apostar nas áreas mais avançadas do conhecimento porque é ele que hoje determina boa parte da nossa capacidade para crescer e criar riqueza".

09 de Junho de 2010 às 13:04
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O líder do PSD, Pedro Passos Coelho disse, hoje, em Guimarães, que Portugal "precisa de apostar nas áreas mais avançadas do conhecimento porque é ele que hoje determina boa parte da nossa capacidade para crescer e criar riqueza".

"Experiências notáveis como a do laboratório 3B's de biotecnologia da Universidade do Minho precisam de ser acarinhadas e reproduzidas noutras universidades", afirmou, em declarações aos jornalistas.

Pedro Passos Coelho falava no final da visita que hoje efectuou ao grupo 3B's (Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos) que funciona junto do Instituto Europeu de Medicina Regenerativa de Tecidos no AvePark - Parque de Ciência e Tecnologia das Caldas das Taipas, em Guimarães.

Passos Coelho sublinhou que, "num mundo globalizado não são apenas os recursos naturais que fazem a riqueza de um país", frisando que tal deriva da "maneira como sabemos utilizar o conhecimento, transmitindo-o às áreas da produção e dos serviços".

Experiências desta natureza merecem ser acarinhadas para que nos ajudem a vencer esta competição global em que estamos mergulhados", acentuou, frisando que, do lado português há grandes investigadores mas também existe capacidade para atrair investigadores de todas as partes do mundo".

O responsável do grupo 3B's, Rui Reis lembrou -- a propósito de uma pergunta sobre o salários dos políticos dirigida a Passos Coelho -- que no local "há pessoas que fazem investigação, muitas vezes sem contrato e com bolsas de 12 meses de mil euros mensais, e há mesmo doutorados que estudaram e estão a fazer pós doutoramentos, são investigadores do melhor que existe no mundo, e têm bolsas de 1500 euros mensais".

No Instituto Europeu e no grupo 3B's trabalham 120 investigadores de 20 países. O ®Expertissues¯ (nome científico do Instituto) é sede de uma rede de excelência, na área da reconstrução de tecidos, nomeadamente ossos, cartilagens e pele. Congrega 21 grupos de investigação europeus de topo, espalhados por 13 países da União Europeia, onde trabalham 350 investigadores.

Rui Reis adiantou que o número de investigadores do "Expertissues" crescerá até aos 150, numa primeira fase, podendo chegar a 200, a médio prazo.

Criado a partir do 3B`s, foi outorgado a Portugal na sequência de um concurso internacional promovido pela União Europeia.

"É internacionalmente reconhecido que a investigação que desenvolvemos é muito avançada, sobretudo na área da reconstituição de tecidos ósseos e pele", sublinhou. Rui Reis salientou, no entanto, que as investigações em curso - que a nível mundial abrangem diversas outras áreas da medicina - apenas estarão disponíveis para a prática clínica dentro de sete a oito anos.

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