Notícia
Portugal no pós-crise terá "duas pesadas mochilas às costas"
Portugal vai entrar na fase do pós-crise com "duas pesadas mochilas às costas, a dívida pública e a dívida externa", advertiu o antigo ministro da Economia, Mira Amaral, na apresentação hoje em Lisboa de um plano estratégico para o sector da cerâmica.
21 de Julho de 2009 às 17:25
Portugal vai entrar na fase do pós-crise com "duas pesadas mochilas às costas, a dívida pública e a dívida externa", advertiu o antigo ministro da Economia, Mira Amaral, na apresentação hoje em Lisboa de um plano estratégico para o sector da cerâmica.
Nessa situação, seja qual for o governo resultante das próximas legislativas terá de apostar na produção de "bens transacionáveis", considerou Mira Amaral destacando as dificuldades de financiamento externo resultantes da "rarefacção de meios financeiros" resultante da crise.
"Portugal tem um nível de despesa pública muito elevado, agravado pela redução da receita fiscal", alegou, ao acrescentar que a o país revela um "despesa fixa muito grande e não tem uma receita fixa suficiente".
Num resumo do Plano Estratégico para o Sector da Cerâmica em Portugal, elaborado pela Sociedade Portuguesa para a Inovação (SPI) por encomenda da Associação Portuguesa da Indústria Cerâmica, em colaboração com o Barclays e com a EDP Energia, o antigo ministro da Economia destacou a necessidade de transformar o conhecimento científico já existente em inovação.
Neste sector, como em outros da área industrial, é "preciso transformar a "investigação em inovação com aplicação nas empresas", referiu, apontando como outra das medidas propostas a obrigatoriedade de garantir maior valor acrescentado aos produtos.
"Não há competitividade sem flexibilidade", justificando a proposta avançada pelo documento no sentido de maior agressividade ao nível dos mercados e da gestão e formação de quadros.
O plano, que identifica fragilidades e vantagens da cerâmica portuguesa e mercados com maiores potencialidades (Angola e Espanha, nomeadamente), defende igualmente a necessidade de investir na redução dos gastos em energia e na promoção.
A venda de produtos "já não é uma questão de qualidade de manufactura, mas de sofisticação da ligação ao mercado", disse Mira Amaral.
Na mesma sessão, o presidente da Galp, Ferreira de Oliveira, garantiu o apoio da empresa à redução da factura energética do sector, destacando os apoios que tem concedido a estudos universitários com esse objectivo.
A indústria cerâmica absorve 1 por cento do consumo industrial de gás natural no país, indicou, assegurando o compromisso da Galp em "trazer para Portugal o gás mais competitivo".
O presidente da Associação Portuguesa da Indústria Cerâmica declarou, por seu lado, confiança no futuro do sector, embora considerando que as exigências serão cada vez maiores, imposto apostas em produtos de mais valor acrescentado.
"É preciso tornar ainda mais competitivo um sector que é um dos raros exemplos em que Portugal está no topo europeu", declarou Duarte Pereira Garcia.
Nessa situação, seja qual for o governo resultante das próximas legislativas terá de apostar na produção de "bens transacionáveis", considerou Mira Amaral destacando as dificuldades de financiamento externo resultantes da "rarefacção de meios financeiros" resultante da crise.
Num resumo do Plano Estratégico para o Sector da Cerâmica em Portugal, elaborado pela Sociedade Portuguesa para a Inovação (SPI) por encomenda da Associação Portuguesa da Indústria Cerâmica, em colaboração com o Barclays e com a EDP Energia, o antigo ministro da Economia destacou a necessidade de transformar o conhecimento científico já existente em inovação.
Neste sector, como em outros da área industrial, é "preciso transformar a "investigação em inovação com aplicação nas empresas", referiu, apontando como outra das medidas propostas a obrigatoriedade de garantir maior valor acrescentado aos produtos.
"Não há competitividade sem flexibilidade", justificando a proposta avançada pelo documento no sentido de maior agressividade ao nível dos mercados e da gestão e formação de quadros.
O plano, que identifica fragilidades e vantagens da cerâmica portuguesa e mercados com maiores potencialidades (Angola e Espanha, nomeadamente), defende igualmente a necessidade de investir na redução dos gastos em energia e na promoção.
A venda de produtos "já não é uma questão de qualidade de manufactura, mas de sofisticação da ligação ao mercado", disse Mira Amaral.
Na mesma sessão, o presidente da Galp, Ferreira de Oliveira, garantiu o apoio da empresa à redução da factura energética do sector, destacando os apoios que tem concedido a estudos universitários com esse objectivo.
A indústria cerâmica absorve 1 por cento do consumo industrial de gás natural no país, indicou, assegurando o compromisso da Galp em "trazer para Portugal o gás mais competitivo".
O presidente da Associação Portuguesa da Indústria Cerâmica declarou, por seu lado, confiança no futuro do sector, embora considerando que as exigências serão cada vez maiores, imposto apostas em produtos de mais valor acrescentado.
"É preciso tornar ainda mais competitivo um sector que é um dos raros exemplos em que Portugal está no topo europeu", declarou Duarte Pereira Garcia.