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Portugal excluído dos destinos preferidos do IDE
Portugal não consta dos 25 principais destinos do Investimento Directo Estrangeiro (IDE) segundo um estudo da consultora A.T.Kearney, noticia hoje o «Jornal de Negócios».
O «ranking» de 25...
O «ranking» de 25 países, que engloba respostas de presidentes e administradores de mil maiores companhias em todo o mundo, é liderado pelos Estados Unidos com a China e o Brasil a ocuparem respectivamente o segundo e o terceiro lugar. A China foi apontada pelos inquiridos como o terceiro destino preferido para o primeiro investimento no estrangeiro.
A economia portuguesa é «pouco competitiva e periférica», o que justifica esta situação, referiu Miguel Frasquilho, economista-chefe do Banco Espírito Santo (BES) àquele periódico. Para este economista, Portugal «não tem condições para atrair os empresários estrangeiros e não apresenta características diferenciadoras». A Irlanda tem uma taxa de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) de 10% enquanto que com a nova reforma fiscal esta taxa situa-se acima dos 30%.
O economista-chefe do BES conclui que o factor produtividade é um dos mais importantes na escolha dos investimentos por parte dos empresários, com Portugal a deter a taxa de produtividade mais baixa na Europa.
Embora a actividade económica mundial esteja a registar um abrandamento, 85% dos inquiridos pela A.T.Kerney referem que pretendem manter ou aumentar o IDE.
O Reino Unido desceu do segundo para o quarto lugar, influenciado pela relutância em aderir à moeda única. A Espanha, que se tornou numa fonte importante em termos de exportação do investimento europeu, ocupa o nono lugar desta classificação, com os investidores espanhóis a focarem os seus investimentos no Brasil, México e Chile.