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Portugal tem maior agravamento da pobreza em 2021 e passa a 8.º pior da UE

Queda nos rendimentos das famílias no ano da pandemia ditou agravamento dos indicadores nacionais com o país a piorar posição relativa em cinco lugares.

Reuters
15 de Setembro de 2022 às 12:54
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A quebra de rendimentos no primeiro ano da pandemia atirou Portugal para a oitava posição na lista de países europeus com maior risco de pobreza e exclusão social em 2021, mostram dados do Eurostat publicados nesta quinta-feira. A taxa de pobreza e exclusão nacional era a 13.ª mais elevada um ano antes.

 

A deterioração na posição relativa nacional acontece depois de a taxa nacional ter subido aos 22,4% no último inquérito nacional aos rendimentos e condições de vida, com mais de 2,3 milhões de pessoas a viverem abaixo do limiar de pobreza, em condições de privação material severa ou com vínculos fracos ao mercado do trabalho que as colocam em situação de exclusão social, nos dados divulgados no início deste ano pelo INE.

 

Já a taxa de pobreza, que abrange apenas indivíduos com rendimentos abaixo do limiar de pobreza (554 euros líquidos mensais), subiu aos 18,4%, abrangendo 1,9 milhões de pessoas.

 

A taxa de pobreza e exclusão social avançou 2,4 pontos percentuais, e a taxa de pobreza em 2,2 pontos percentuais em Portugal, nos dados que refletem as condições das famílias em 2020.

 

O avanço de 2,4 pontos na taxa de pobreza e exclusão em Portugal representa o pior agravamento nas condições das famílias no bloco europeu, onde apesar dos efeitos da pandemia 12 países conseguiram tirar população da pobreza.

 

A Roménia mantém os piores indicadores, com mais de um terço da população (34,4%) em situação de pobreza ou exclusão social, seguida da Bulgária (31,7%), Grécia (28,3%), Espanha (27,8%), Letónia (26,1%), Itália (25,2%) e Lituânia (23,4%).

 

Os melhores indicadores são obtidos pela República Checa (10,7%), Eslovénia (13,2%) e Finlândia (14,2%).

 

Na média do bloco, a taxa de pobreza e exclusão subiu aos 21,7%, avançando uma décima, e abrangendo 95,4 milhões de pessoas, ou seja, uma em cada cinco pessoas encontrava-se nessa posição.

De acordo com a estratégia desenhada pela Comissão Europeia no plano de ação sobre o pilar europeu dos direitos sociais, o objetivo é retirar 15 milhões de pessoas da situação de risco de pobreza ou exclusão social até 2030, das quais 5 milhões são crianças.

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