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Portugal é o 24.º país com mais qualidade do mundo

O primeiro estudo mundial que avalia a qualidade de 110 países do mundo em vários domínios, incluindo a educação, inovação ou desemprego, coloca a Suíça na liderança global. No índice da felicidade Portugal surge na 65.ª posição, sendo o 16.º com maior esperança de vida.

31 de Janeiro de 2019 às 17:09
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Portugal ocupa a 24.ª posição do primeiro ranking mundial que avaliou a qualidade de 110 países em vários domínios, como ensino, desemprego, felicidade e mortalidade, surgindo à frente da Roménia e logo atrás do Luxemburgo.

 

Uma lista que é liderada pela Suíça (à frente nos indicadores da competitividade e da inovação), seguindo-se a Noruega (classificado como o país mais feliz do mundo), a Suécia (com o maior número de universidades no ranking de Xangai por habitante) e a Dinamarca (onde é mais fácil criar e desenvolver uma empresa).

 

Sem surpresa, os países africanos são os que apresentam os piores resultados, com o Mali, a Costa do Marfim, o Lesoto, a Guiné e Moçambique a surgiram na cauda da lista, revela o "Nós", jornal online da Universidade do Minho (UMinho).

 

Uma classificação que teve como base a avaliação da taxa de desemprego, índice de felicidade, inovação, facilidade em fazer negócios, pegada ecológica, bem-estar ambiental, distribuição dos rendimentos, Produto Interno Bruto (PIN), competitividade, mortalidade infantil,  esperança média de vida, educação, assim como do número de universidades em rankings internacionais, artigos sobre qualidade publicados em revistas conceituadas, organizações com certificação ISO 9001 e membros da International Academy for Quality (IAQ).

 

O "World State of Quality" (WSQ) enquadra-se no âmbito da tese de doutoramento de Catarina Cubo, aluna do programa doutoral em Engenharia Industrial e de Sistemas e investigadora do Centro Algoritmi da UMinho, tendo sido coordenado por Paulo Sampaio, professor do Departamento de Produção e Sistemas e investigador do grupo Supply-chain, Logistics and Transportation Systems (SLOTS) do Centro Algoritmi, da Escola de Engenharia da UMinho, em parceria com Pedro Saraiva, da Universidade de Coimbra.

 

O 24.º lugar de Portugal neste "ranking" resulta da soma de pontos obtidos nas diferentes áreas avaliadas - é o 5.º país que contabiliza mais membros IAQ por habitante, o 9.º com o número mais elevado de organizações com certificação de qualidade por habitante, o 14.º com menor taxa de mortalidade infantil e o 16.º com maior esperança de vida, com mais universidades por habitante em rankings internacionais e com mais artigos sobre qualidade publicados em revistas conceituadas.

 

Em termos de empregabilidade, Portugal tem 26 países à sua frente, 40 com uma superior qualidade do ensino e 53 onde há mais igualdade na distribuição dos rendimentos.

 

Já no índice da felicidade, os portugueses surgem na posição 65.º, muito depois do Brasil (19.º), da Espanha (28.º) e da Rússia (37.º).

 

"Conseguimos um bom desempenho global, com resultados muito positivos ao nível das universidades, da investigação e da esperança média de vida. Mas há sempre margem para melhorias, nomeadamente na educação, no estímulo ao emprego e na qualidade de vida nas cidades, sendo necessário continuar o trabalho que está a ser realizado nestes domínios", alerta Paulo Sampaio, em declarações à "Nós".

 

Para este especialista em qualidade e excelência organizacional, "o WSQ deve ser encarado como uma ferramenta que permite identificar áreas de melhoria, ajudando os governos e as organizações na definição de políticas e estratégias capazes de aumentar o nível de qualidade dos países e, por conseguinte, o bem-estar das pessoas".

De acordo com a pontuação obtida, com a liderança da Suíça, os 110 países foram distribuídos pelos grupos de líderes ("leading"), seguidores ("follower"), moderados ("moderate"), modestos ("lagging") e principiantes ("beginning").

 

Os resultados "confirmam a trajetória da Suíça e dos países do Norte da Europa no âmbito da qualidade", afirma Paulo Sampaio, realçando o afastamento do Japão (12.º), do Canadá (14.º) e dos Estados Unidos (15.º) de uma posição de liderança, apenas surgindo no segundo grupo com pontuação mais elevada - os seguidores.

 

A médio prazo, acredita Paulo Sampaio, o Japão, os Estados Unidos, o Canadá, a Índia e a China, que agora ocupa o 42.º lugar, deverão assumir posições de liderança.

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