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Portugal à frente de Espanha e Itália na competição pelo talento

O índice global de competitividade do talento elaborado pela INSEAD mostra Portugal a escalar duas posições em 2018. O ranking é liderado pela Suíça, enquanto Lisboa surge também no primeiro terço na análise por cidades.

Reuters
15 de Fevereiro de 2018 às 19:29
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Portugal surge colocado na 29.ª posição no que se refere à competitividade do talento, de acordo com um ranking composto por 119 países, elaborado pela escola de negócios INSEAD. Em relação à última edição anual, o país escala duas posições e coloca-se à frente de Espanha (31.ª) ou Itália (36.ª).

 

Englobado no grupo de países com rendimentos elevados, num total de 68 variáveis analisadas, Portugal obtém as piores classificações em aspectos como a facilidade de mudança, as exportações de elevado valor, o enriquecimento intelectual, a gestão profissional ou a colaboração entre as empresas no sentido da "partilha de ideias em ecossistemas inovadores".

 

 

Por outro lado, o relatório Global Talent Competitiveness Index (GTCI) de 2018, encabeçado pela Suíça, Singapura e EUA, destaca a pontuação nacional em aspectos como a tolerância face às minorias e aos imigrantes, a qualidade de vida, a publicação de artigos em revistas científicas, o sistema de pensões e a diferença salarial entre homens e mulheres.

 

Numa edição em que a análise se focou na diversidade e na retenção de talentos nos diferentes países, a directora-geral da Adecco Portugal (grupo parceiro neste relatório, tal como a Tata Communications) assinala que Portugal "tem trabalhado para superar algumas barreiras, sobretudo ao nível das minorias e imigrantes e o papel que as empresas devem ter para a sua integração". "O que resulta na subida de duas posições", acrescenta Carla Rebelo.

 

 

Na pontuação por cidades, num universo de 90 analisadas, Lisboa surge no 19.º lugar do índice de competitividade de talento, superando Madrid ou Nova Iorque. Em 2018, Zurique (Suíça) sobe à liderança, sendo que no top 10 apenas duas localidades americanas – Washington DC (6.º) e São Francisco (8.º) – se intrometem no domínio europeu: Estocolmo (Suécia), Oslo (Noruega), Copenhaga (Dinamarca), Helsínquia (Finlândia), Dublin (Irlanda), Paris (França) e Bruxelas (Bélgica).

 

"Assim como no que se refere aos países, ao longo do tempo, as cidades com níveis mais elevados de PIB conduzem naturalmente a níveis mais elevados de penetração tecnológica, criando ecossistemas com melhor qualidade no que se refere a educação, negócios, saúde e infra-estruturas. Este ciclo virtuoso leva a uma maior competitividade de talentos", aponta o relatório do ranking GTCI de 2018.

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