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Plano Biden tem mais 550 mil milhões para infraestruturas. Veja onde será aplicado o dinheiro

O novo pacote de 550 mil milhões, que se junta aos 450 mil milhões aprovados anteriormente, será o mais importante do plano de infraestruturas desenhado pela administração de Joe Biden.

Reuters
02 de Agosto de 2021 às 16:01
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Os senadores norte-americanos apresentaram, neste domingo, um plano bipartidário avaliado em 1 bilião de dólares dedicado às infraestruturas, com a expectativa de que Senado e Câmara dos Representantes possam aprovar o cheque ainda esta semana. Este programa, de 2.702 páginas, contempla mais 550 mil milhões de dólares que se juntam aos 450 mil milhões já aprovados anteriormente.

O plano é uma das bandeiras da governação de Joe Biden, presidente dos EUA, e passa a ser o maior pacote de apoio à economia desde o "Great Society" do ex-presidente democrata Lyndon Johnson, na década de 1960, que incluía também os programas Medicare e Medicaid.

O novo projeto inclui uma série de medidas onde se inclui uma grande expansão da Internet de alta velocidade; gastos com estradas, pontes e transportes públicos; e financiamento para água potável; bem como medidas para combater as alterações climáticas.

Alguns senadores, como Chuck Schumer, de Nova Iorque, e que liderou as negociações entre os membros do Senado, acreditam que este pacote seja aprovado em alguns dias. O senador Rob Portman, que liderou as negociações entre os Republicanos, disse que "este é um programa realmente importante porque toma conta da nossa grande, envelhecida e desatualizada infraestrutura e a moderniza. Isso é bom para todos".

Se agora passar no Senado, será considerado depois na Câmara dos Representantes, onde alguns democratas consideram o plano demasiado pequeno tendo em conta a proposta inicial de 2 biliões de dólares, que levou "nega" do lado Republicano. 

Onde serão gastos os 550 mil milhões?

Dentro deste cheque gigante de 550 mil milhões de dólares, que pode ser aprovado esta semana, a maior fatia será dedicada a projetos relacionados com os transportes.

Assim sendo, 110 mil milhões de dólares serão gastos em financiar novas estradas, pontes e projetos relacionados. Serão também direcionados 39 mil milhões de dólares para transportes públicos, naquele que Biden considera ser o maior investimento no transporte público da história do país, ao qual se junta um cheque de 66 mil milhões para a ferrovia e 11 mil milhões para tornar as estradas mais seguras.

Outras das prioridades deste programa passa pela reconexão e aproximação das comunidades, que ficaram afastadas fisicamente com o "boom" anterior de construção de novas autoestradas a partir das décadas de '50 e '60 do século passado. Como mostra esta reportagem multimédia do New York Times, as autoestradas dividiram cidades inteiras, 
destruindo bairros densos nos centros das cidades, dividindo muitas comunidades negras e aumentando a dependência do carro. Este novo cheque destina mil milhões de dólares para corrigir isto.

A Internet a alta velocidade é outro dos pontos deste projeto, que pretende gastar 65 mil milhões de dólares na melhoria da banda larga a todos os norte-americanos, com o objetivo futuro de aumentar a competição entre os "players" das telecomunicações no mercado, de forma a manter os preços mais baixos para todos.

As alterações climáticas é um ponto a que este apoio orçamental dá prioridade, com 7,5 mil milhões para alargar a rede de carregamentos de automóveis elétricos no país, bem como outros 7,5 mil milhões para eletrificar ferrovia e autocarros. Para combater as alterações climáticas, Biden destina ainda 28 mil milhões para alargar e melhorar a rede elétrica e mais 46 mil milhões para mitigar e prevenir
os danos causados por  inundações, incêndios florestais e secas.

Outro dos destaques deste estímulo orçamental vai para a a água potável, com 55 mil milhões a serem destinados a gastar em infraestrutura de água potável, especialmente para eliminar produtos químicos perigosos. Outros 21 mil milhões seriam usados para limpar florestas, minas abandonadas ou poços.
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