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Pires de Lima: Recuperação económica só com clarificação de "incertezas constitucionais"

O ministro da Economia, António Pires de Lima, defendeu hoje que o país precisa da clarificação de "um conjunto de incertezas constitucionais" para prosseguir com a recuperação económica e financeira.

Bruno Simão/Negócios
09 de Junho de 2014 às 14:40
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"Para construir não chega recebermos uma série de nãos, precisamos de saber aquilo que se pode fazer", afirmou Pires de Lima, em resposta à situação criada com os chumbos do Tribunal Constitucional a três medidas do Orçamento do Estado.

 

O ministro considerou "particularmente relevante que um conjunto de incertezas constitucionais possa ser clarificado durante os próximos tempos, de forma a que Portugal possa prosseguir com previsibilidade o caminho da recuperação económica".

 

António Pires de Lima visitou ao final da manhã, juntamente com o secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, Pedro Gonçalves, a Kemin Pharma, multinacional farmacêutica norte-americana que decidiu deslocar a sua sede para Oeiras.

 

O ministro reiterou que a clarificação do acórdão do Tribunal Constitucional pedida pelo Governo "é essencial para que Portugal possa continuar a ser um destino confiável de investimento".

 

"Sem investimento o País não cresce e se queremos continuar a merecer a confiança dos investidores, dos agentes económicos, é fundamental limpar as incertezas que são colocadas neste momento do ponto de vista institucional", reforçou Pires de Lima.

 

O ministro não quis comentar o prolongamento do programa de assistência económica e financeira, preferindo salientar a prioridade do Governo e do seu ministério em "continuar a dar visibilidade a projectos de investimento que estão a concretizar-se" e que "dão nota da confiança crescente que os investidores internacionais têm relativamente ao percurso que Portugal está a fazer". 

 

O governante visitou as instalações da Kemin Pharma em Barcarena, no concelho de Oeiras, multinacional norte-americana com presença em 60 países e que deslocou a sede da divisão farmacêutica para Portugal, em 2013, após decidir fechar as suas instalações no Brasil.

 

Diogo Sousa Martins, presidente da Kemin Pharma, explicou que a localização da nova sede europeia foi determinada por um levantamento das condições do País, quando se previa que a escolha recaísse na Bélgica, onde a empresa se encontrava estabelecida há mais tempo.

 

A empresa construiu laboratórios perto da antiga Fábrica da Pólvora de Barcarena e projeta expandir as instalações para terrenos na envolvente.

 

A divisão farmacêutica da Kemin detém a patente de um corante natural não tóxico com aplicação em cirurgias da retina e cataratas. Outras nove patentes, a cargo do grupo de Investigação & Desenvolvimento (I&D) português, deverão traduzir-se "em seis novas linhas de negócio e oftalmologia", revelou a empresa.

 

A empresa investiu "meio milhão de euros em projectos de I&D em seis meses" e exporta produtos para 16 países, a partir de "transacções feitas com mais de 120 fornecedores portugueses".

 

A Kemin Industries, fabricante de ingredientes nutricionais para uso humano e animal, foi fundada em 1961 e está sediada em Des Moines, no estado do Iowa (EUA).

 

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