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Pikramenos já foi empossado primeiro-ministro interino da Grécia

Karolos Papoulias reuniu-se com os líderes dos principais partidos durante vários dias. As forças políticas não se entenderam para formar um governo. Os gregos vão voltar às urnas. O nome do primeiro-ministro que vai estar à frente da Grécia até às eleições já foi anunciado. E já tomou posse.

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19h05 "Os gregos têm diante deles dois caminhos. Por um lado, mudar tudo na Grécia, com mudanças que podem ser implementadas, numa Europa que também está a mudar. Por outro lado, experimentar uma aterradora saída do euro, o medo do isolamento, o estar fora da Europa, e o colapso de tudo o que foi alcançado até hoje".

Antonis Samaras colocou, assim, a decisão que os gregos têm de tomar nas eleições de 17 de Maio, segundo cita o "Athens News".

18h51 Agora que já foi empossado primeiro-ministro interino da Grécia, Pikramenos vai encontrar-se com o anterior primeiro-ministro grego, também ele interino, Lucas Papademos, indica o "Athens News".

Papademos deixa, assim, o cargo que ocupou desde Novembro, altura em que Papandreou, o primeiro-ministro de então, se demitiu.

18h37
Apesar da decisão de congelar o financiamento aos bancos gregos, o BCE espera que a Grécia se mantenha no euro.

Mario Draghi afirmou que tem "uma forte preferência" pela manutenção da Grécia na Zona Euro.

18h34
A notícia já circulava mas só agora foi confirmada: o Banco Central Europeu (BCE) parou de financiar alguns bancos gregos.

A ausência de solvabilidade, que se seguiu ao acordo para o perdão da dívida grega, é o motivo para a decisão da entidade liderada por Mario Draghi.

Quando se recapitalizarem, os bancos poderão voltar a receber financiamento por parte da autoridade monetária.

18h32
As opiniões sobre uma eventual saída da Zona Euro por parte da Grécia continuam a ser apresentadas.

A Fitch já emitiu um relatório em que indica quais as empresas que verificam o mais elevado risco de um corte de "rating" devido à saída da Grécia. EDP e PT estão nessa lista.

18h27
Os mercados reagiram, mais uma vez, de modo negativo à instável situação na Grécia. A possibilidade do país abandonar a moeda única continua a ganhar força e os investidores continuam a temer essa cenário.

Em Portugal, o índice de referência nacional terminou a sessão em mínimos de 1996. Quer isto dizer que há mais de 15 anos que o índice que reúne as 20 empresas com maior liquidez da bolsa nacional não marcava uma pontuação tão baixa.

18h22
Panagiotis Pikramenos já é o novo primeiro-ministro interino da Grécia. O presidente do mais alto tribunal administrativo da Grécia, o Conselho de Estado, recebeu o mandato de Karolos Papoulias, o presidente da República Helénica.

A Grécia terá agora um primeiro-ministro interino até 17 de Junho, data das eleições.

14h57
O primeiro-ministro interino, Panagiotis Pikramenos, toma hoje posse às 20h00 (hora local, 18h00 em Lisboa).

14h56
"Não compete ao BCE decidir a permanência da Grécia na Zona Euro mas a nossa preferência é que o país fique no euro", afirmou Mario Draghi durante um discurso realizado esta tarde em Frankfurt.

Já Charles Dallara, presidente do Instituto Financeiro Internacional, afirmou que uma saída da Grécia da Zona Euro "catastrófica".

12h53 As eleições na Grécia deverão realizar-se a 17 de Junho, admitiu o líder da Esquerda Democrática, Fotis Kouvelis.

Os gregos foram às urnas a 6 de Maio, mas não atribuíram nenhum mandato para que um partido conseguisse aprovação parlamentar sem coligação.

12h20
A reunião acabou. Panagiotis Pikramenos é o novo primeiro-ministro interino da Grécia.

Foi este o nome que saiu do encontro entre os dirigentes partidários e o presidente da República Helénica, segundo o líder dos Gregos Independentes.

12h15
Os líderes de cinco partidos com assento parlamentar reuniram-se hoje, novamente, com o presidente da República Helénica para escolher um primeiro-ministro que lidere o país até às eleições.

Quarta-feira, 16 de Maio

18h33
A directora-geral do Fundo Monetário Internacional também já reagiu ao colapso das negociações, dizendo que "espera que a Grécia não abandone o euro". No entanto, acrescentou Christine Lagarde "temos que estar, tecnicamente, preparados para tudo".

Lagarde apelou ao Banco Central Europeu para que tome mais medidas para estimular a economia da região e defendeu que a instituição "tem espaço de manobra" para baixar a taxa de juro da Zona Euro.

16h14 "Podemos, novamente, ter esperanças, porque as eleições de 6 de Maio foram um grande passo e, agora, nas novas eleições, é tempo de terminar de dar esse passo - e fechar, para sempre, os antigos poderes no armário". A declaração é de Alexis Tsipras, em comentários citados pela Bloomberg.

Tsipras é o líder do Syriza, a força que tem estado à frente das intenções de voto nas sondagens pós-eleitorais. Mais uma vez, o líder desta força de esquerda voltou a dizer que tem de se colocar um "fim definitivo" às medidas de resgate que levaram os gregos para a pobreza. E é isso que vai defender no caminho para o novo sufrágio.

16h06
A Grécia está a ficar "isolada" dentro da Zona Euro. O futuro da Grécia está "ameaçado". Palavras de Antonis Samaras, o dirigente do partido mais votado nas eleições de 6 de Maio, Nova Democracia.

"Não vamos baixar os braços. A Europa percebe que um caminho com austeridade, apenas, destrói o crescimento", alertou, em declarações divulgadas pela televisão estatal NET TV, citadas pela Bloomberg. Samaras pretende que a Grécia continue a fazer parte do euro.

Para Samaras, as eleições eram "inevitáveis". Os gregos terão de escolher entre elementos de esquerda de uma força "populista sem sentido" e uma frente pró-Europa forte, segundo a "Athens News".

15h58 A culpa de não se ter constituído um governo de coligação é do Nova Democracia e do Pasok, na opinião do líder do partido Gregos Independentes, Panos Kammenos.

Kammenos, dissidente do Nova Democracia, voltou a afirmar que os dois partidos que têm governado a Grécia desde o fim da ditadura "serviram os interesses dos planos de resgate e não das pessoas", cita a agência estatal Ana.

À frente da Grécia há agora duas opções, perante o cenário de novas eleições: viver com as ameaças dos credores e sob a sua gestão; viver numa Grécia "livre" que, "com muito trabalho", vai devolver o país aos gregos.

15h49 Evangelos Venizelos, o líder do socialista Pasok que se mostrou aberto a participar em coligações governamentais pró-europeístas e que era favorável à constituição de um governo de figuras não políticas, já reagiu e criticou os restantes partidos.

"A Grécia vai repetir eleições sob circunstâncias extremamente desfavoráveis porque os líderes colocaram, a sangue frio, os seus próprios interesses e os dos seus partidos acima dos interesses do país", declarou, citado pela agência Bloomberg.

"O povo grego disse-nos que queria um governo de coligação e que queria permanecer no euro", acrescentou.

"Nunca deveríamos ter chegado a este ponto", concluiu.

15h40
Se a Grécia quer permanecer no euro, tem de cumprir o que foi acordado com a troika. O aviso foi do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, depois de conhecida a decisão de os helénicos voltarem a realizar eleições.

Caso os gregos não cumpram as condições acordadas nos planos de resgate ao país, "não será possível" para a Grécia ficar na união monetária, acrescentou o político germânico, em declarações à Bloomberg.

14h17 Os líderes das forças políticas gregas não se entenderam para constituir um novo governo. Novas eleições serão marcadas. O anúncio foi feito depois de falhas as conversações entre o Nova Democracia, Syriza, Pasok, Esquerda Democrática e Gregos Independentes e o presidente da Grécia, Karolos Papoulias.

11h21
A Grécia vai pagar aos credores as obrigações que hoje atingem a maturidade, assegurou uma fonte do governo helénico, ainda em funções, à agência Reuters, sem, no entanto, ser identificado.

A Grécia reestruturou parte da sua dívida num total de 177 mil milhões de euros, mas houve credores que não aceitaram tal perdão.

Segundo a Reuters, as obrigações que hoje terminam foram, parcialmente, incluídas nesse processo. Excepto uns remanescentes 430 milhões de euros em obrigações que chegam hoje à maturidade. Essa dívida será saldada, de acordo com as declarações do membro do governo à Reuters.

11h12 Foram detidos 16 activistas na Praça Syntagma, à frente do parlamento da Grécia, por se recusarem a desmontar as tendas ontem colocadas naquele local.

Cerca de 25 manifestantes de Espanha, Itália, Irlanda, França e Grécia ocuparam ontem aquela praça, num protesto contra as medidas de austeridade e a política europeia, que conduziram à actual crise na região, segundo o jornal grego “Kathimerini”.

Os activistas foram detidos quando lhes foi pedido que abandonassem o local, para que os serviços de limpeza pudessem actuar. Como se recusaram a fazê-lo, a política foi chamada a intervir e acabou por deter 16 dos manifestantes.

11h03 O primeiro-ministro da França já veio dizer que os contribuintes franceses teriam um encargo de 50 mil milhões de euros caso a Grécia saísse do euro.

François Baroin referia-se aos custos com as ajudas públicas e às despesas das seguradoras francesas e ainda os efeitos que advêm dos títulos gregos detidos pela banca gaulesa.

11h02
Sair do euro e regressar ao dracma seria uma "catástrofe" para a Grécia, defendeu o antigo primeiro-ministro grego, Costas Simitis, que esteve na liderança do Executivo quando o país aderiu à moeda única.

É uma "discussão sem sentido" falar sobre uma eventual saída do euro, considerou, ontem, Simitis, de acordo com a agência Bloomberg.

11h01 O presidente da Grécia está preocupado com a ausência de um governo no país e já alertou os partidos que, caso não encontrem uma solução governativa, os bancos podem acabar por colapsar.

Se os depositantes continuarem a assistir a esta indefinição, podem retirar os depósitos dos bancos, o que os fará cair, avisou Karolos Papoulias, citado pela Bloomberg. E este é um risco "real", disse.

11h00 Hoje é mais um dia de negociações para formar um governo na Grécia. O presidente Karolos Papoulias quer, agora, constituir um Executivo constituído por tecnocratas e figuras não ligadas à política.

Na semana passada, o presidente deu aos partidos mais votados, consoante a ordem de votação nas eleições de 6 de Maio, o mandato para tentarem formar um governo. O Nova Democracia, o Syriza e o Pasok foram mal sucedidos nesta tarefa.

No domingo e no dia de ontem, o presidente tentou, ele próprio, liderar reuniões em que tentou conciliar as posições dos vários partidos. O objectivo da reunião de hoje, marcada para as 14h (12h de Lisboa), é ganhar o apoio para a criação de um governo formado por personalidades não-políticas.

Terça-feira, 15 de Maio

21h31
O Syriza, a Esquerda Democrática, o Pasok e o Nova Democracia já disseram que vão participar no encontro de amanhã. Os Gregos Independentes também devem participar, tendo em conta que vão participar num encontro com o presidente, antes da reunião com os restantes partidos.

Os comunistas do KKE, contudo, não deverão participar na reunião, anuncia a agência "Athens News".

O KKE tem-se mantido à parte de todas as negociações para a constituição de um governo de coligação e a postura deverá continuar a ser a mesma, amanhã.

18h47
A reunião entre o presidente e os líderes partidários já terminou. Inicialmente, os líderes dos partidários não quiseram fazer comentários, mas acabaram todos por dirigir palavras aos jornalistas em que indicaram que, para amanhã, ficou marcada outra reunião.

O presidente Karolos Papoulias pretende um governo constituído por tecnocratas, e não por figuras políticas, mas a proposta não agrada a todos os partidos.

Foi marcada para amanhã ao início da tarde um novo encontro entre o presidente helénico e todos os líderes de partidos com assento parlamentar, à excepção do ultranacionalista Aurora Dourada. Uma indicação que agrada a Alexis Tsipras, líder do Syriza, que sempre defendeu que só fazia sentido discutir um governo de coligação com a presença de todos as forças com assento parlamentar.

17h39
A reunião entre o presidente da república, Karolos Papoulias (na foto), e os líderes do Pasok, Nova Democracia e Esquerda Democrática já teve início.

À entrada para o encontro, Antonis Samaras afirmou que o objectivo "é explorar todas as possibilidades" para formar um governo de coligação na Grécia.

16h42 À entrada para a reunião do Eurogrupo, que decorre esta tarde em Bruxelas, vários ministros das Finanças comentaram a situação na Grécia:

Luis de Guindos (Espanha):
"A instabilidade política [na Grécia] está a impedir que o país cumpra os seus compromissos e isso está a ter impacto nos restantes mercados".

Wolfgang Schäuble (Alemanha): "Não há um caminho fácil para a Grécia".

16h40 Alexis Tsipras concedeu esta tarde uma entrevista ao Athens News onde defendeu que a Europa deve analisar a sua política de austeridade.

O líder da Coligação de Esquerda Radical defende a permanência da Grécia na Zona Euro mas "sem a política de austeridade catastrófica".

13h35 Uma nova sondagem volta a indicar que a Coligação da Esquerda Radical, o Syriza, seria a força política mais votada em próximas eleições.

O conservador Nova Democracia desceria para segundo lugar, enquanto o socialista Pasok continuaria a ser a terceira força política mais votada, embora conquistando os votos de menos eleitores.

O mesmo estudo assinala que 80% dos gregos quer manter-se no euro.

13h31
A Grécia deve deixar o euro. Quem o diz é a equipa do "Der Spiegel", num artigo publicado esta semana em que diz que a Acrópole de Atenas deve dizer adeus ao euro.

O plano de resgate falhou - é "tempo de admitir a derrotada" - e, segundo a publicação germânica, não se deve adiar por mais tempo a saída da Grécia da Zona Euro.

12h53
O primeiro-ministro ainda em exercício, Lucas Papademos, enviou um alerta ao presidente da República da Grécia, no qual sinalizou que o pagamento de salários e de reformas pode estar em risco já no próximo mês. Menos mil milhões de euros e a falta de um Governo em Atenas que negocei com a troika podem colocar a Grécia à beira da bancarrota.

12h39
A Comissão Europeia garantiu hoje que não mudou de posição quanto ao desejo de que a Grécia permaneça na zona euro, apesar de Durão Barroso ter defendido que quem não respeita as regras de um "clube" deve sair.

Hoje, durante a conferência de imprensa diária da Comissão Europeia, em Bruxelas, e perante insistentes questões sobre estas declarações, uma porta-voz do executivo comunitário, Pia Ahrenkilde Hansen, citou a frase de Durão Barroso e garantiu que a mesma não representa "qualquer mudança de posição da Comissão".

"Se um membro de um clube - e não quero falar de nenhum país em particular - não respeitar as regras, é melhor que deixe o clube, e isto é válido para qualquer organização, instituição ou projeto", disse Durão Barroso, citado hoje pela porta-voz.

12h37 Novo dia. Novas negociações. O presidente da república, Karolos Papoulias, volta hoje a reunir-se com os líderes da Nova Democracia, Pasok, Esquerda Democrática e Syriza. No entanto, Alexis Tsipras já afirmou que não estará presente no encontro, de acordo com o Athens News.

O encontro está agendado para as 19h30 (hora local, 17h30 em Lisboa).

Segunda-feira, 14 de Maio


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