O líder do Pasok falhou ontem as negociações para formar um novo governo na Grécia e esta manhã devolveu o mandato ao presidente grego Karolos Papoulias.Cabe agora ao Presidente grego fazer uma última tentativa para conseguir algo que parece, nesta altura, quase impossível. Convencer os partidos gregos a chegarem a um entendimento para formar um governo de unidade nacional, com base nos resultados das eleições de 6 de Maio. A recusa do Syriza, segundo partido mais votado das últimas eleições e que é contra a implementação do programa de austeridade, parece ser um entrave à formação de um governo, já que recusou sempre integrar um executivo com o Pasok ou a Nova Democracia.A Esquerda Democrática está disponível para integrar um Governo de unidade nacional (dá maioria em conjunto com o Pasok e a Nova Democracia) mas colocou como condição que também participe o Syriza, liderado por Alexis Tsipras.Depois de todos os três mandatos concedidos aos partidos mais votados das eleições terem falhado, só uma solução encontrada por Papoulias pode evitar novas eleições na Grécia. É isso que o Presidente grego vai tentar, tendo convocado os sete partidos mais votados para uma reunião amanhã às 12h00, em Atenas. Papoulias terá primeiro encontros em separado com os líderes da Nova Democracia, Syriza e Pasok. Como manda a Constituição do país, reunirá depois com os restantes quatro partidos que elegeram deputados.Se o impasse continuar, serão convocadas novas eleições, que deverão decorrer já no próximo mês de Junho. Crescerá então os receios de que a Grécia será obrigada a sair do euro, um cenário já admitido por vários responsáveis europeus. Samaras, líder da Nova Democracia, já avisou que se ocorrerem eleições, os gregos serão confrontados com um dilema: A Grécia “deve ou não ficar no euro”.