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PIB acelera em cadeia com crescimento de 1,6% no primeiro trimestre

Dinamismo nas exportações apoiou maior variação trimestral desde o início do ano passado, mas contributo da procura interna foi negativo neste período.

Paulo Duarte
28 de Abril de 2023 às 09:47
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Bastante além das expectativas, o primeiro trimestre registou uma subida do PIB de 1,6%, em cadeia, avança nesta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), numa primeira leitura para a evolução da economia no arranque do ano.

 

Os dados divulgados vêm afastar um cenário de contração económica neste ano e superam em larga medida as estimativas avançadas pelo Governo de uma subida de 0,6% em cadeia assim como as previsões dos principais grupos de estudos económicos no país (com intervalos entre 0,1% e 1,4%).

 

Em termos homólogos, a subida do PIB foi de 2,5% (3,2% no trimestre anterior).

O fator determinante para os valores de crescimento observados foi a evolução na balança de bens e serviços, com uma aceleração das exportações de bens e serviços e um abrandamento das importações de bens e serviços.

 

Face a um ano antes, o INE aponta para o impacto da quebra dos preços da energia, assinalando "um abrandamento significativo do deflator das importações em termos homólogos, mais intenso que o do deflator das exportações, traduzindo-se em ganhos dos termos de troca, o que não acontecia desde o primeiro trimestre de 2021".

 

Por outro lado, ainda comparando com um ano antes, o contributo da procura interna para a variação do PIB manteve-se ainda positivo no primeiro trimestre, "mas inferior ao observado no trimestre precedente, em resultado da desaceleração do consumo privado e da redução do investimento, determinada por um contributo negativo da variação de existências".

Face ao trimestre final de 2022, os agregados da procura interna  - consumo das famílias, consumo público e investimento – deixaram já de apoiar a subida do PIB, explica o INE, com o crescimento a depender exclusivamente da procura externa líquida. Esta, recorda, tinha tido no quarto trimestre de 2022 um contributo negativo na variação trimestral do produto.



 

Corrigida a informação inicial de que a variação trimestral de 1,6% é a mais elevada desde final de 2021. É antes a mais elevada desde o primeiro trimestre de 2022.

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