O petróleo está esta manhã a cair cerca de 1% nos mercados de Londres e de Nova Iorque, pressionado pela expectativa de que a criação de postos de trabalho nos Estados Unidos, em Setembro, tenha sido demasiado escassa para reduzir a taxa de desemprego na maior economia consumidora de crude.

Assim, o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, segue a perder 0,82% para os 81,91 dólares por barril. Também em Londres a matéria-prima segue pressionada. O Brent, que serve de referência às importações europeias, desliza 1,04% para negociar nos 104,63 dólares por barril.

De acordo com uma estimativa realizada pela Bloomberg, a economia norte-americana terá criado 55 mil postos de trabalho no mês passado. No entanto, a taxa de desemprego deverá manter-se nos 9,1% pelo terceiro mês consecutivo. Os números, revelados pelo Departamento Laboral norte-americano serão conhecidos ao início da tarde de hoje.

"Não estamos muito optimistas quanto aos números do emprego. Talvez sejam um novo 'gatilho' para os preços do petróleo descerem ainda mais", afirmou Sintje Diek, analista do HSH Nordbank, em Hamburgo, citado pela Bloomberg, que previu correctamente que os preços iriam cair na segunda metade do ano.

A matéria-prima interrompe desta forma um ciclo de duas sessões consecutivas de ganhos, tendo sido ontem impulsionada pelas declarações de Jean-Claude Trichet, que anunciou um novo programa de compra de activos.