Os dados são do Instituto Informador Comercial com base na publicação das insolvências em Diário da República. Até final de Setembro, tinham falido 4.727 empresas e 8.964 particulares. Um total de 13.691 processos, o que dá uma média de 50 falências por dia.

Só de particulares, segundo avança esta segunda-feira, 1 de Outubro, o jornal "Público", o número de processos aumentou 83% face ao ano todo de 2011. A região Norte é a mais castigada. Só no Porto houve 2.605 insolvências de particulares, superando Lisboa, que surge em segundo lugar.

Nas empresas, os 4.727 processos até final de Setembro significam mais 50% que no ano passado. E já superou o número total de 2011. O jornal "i" acrescenta que no conjunto de 2011 registaram-se 4.531 insolvências.

O comércio é o sector mais afectado, tendo sido declaradas 662 insolvências judiciais e 586 de grossistas. A promoção imobiliária contribuiu com 642 processos. Já a construção teve 313 casos e a restauração 266.

José Ribeiro Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Judiciais, acredita, segundo declarou ao "Público", que este ano se pode atingir as 17 mil insolvências.

Quanto ao novo regime de recuperação de empresas, o Processo Especial de Revitalização (PER), já entraram 175 processos nos tribunais portugueses desde Maio, quando este instrumento teve início. No entanto, José Ribeiro Gonçalves não tem dúvidas: "está a ser utilizado por empresas que deveriam antes apresentar-se à insolvência", acrescentando que se servem do mecanismo "como uma forma de ganhar tempo", uma vez que as execuções nestes casos são suspensas.