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Peditório feito há seis anos em Lisboa não chegou ao destino

O jornal Público conta que a recolha de donativos nesta altura do ano é uma prática instituída na Igreja Católica portuguesa e que a dúvida sobre o seu destino não se aplica apenas ao caso do Mindelo, Cabo Verde.

14 de Abril de 2017 às 10:36
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O jornal Público avança esta sexta-feira, 14 de Abril, que o resultado do peditório anual realizado pela Diocese de Lisboa antes da Páscoa de 2011 não chegou ao destino, a Diocese do Mindelo em Cabo Verde.


Em causa estão mais de 245 mil euros recolhidos para ajudar "igrejas mais pobres", no âmbito da chamada Renúncia Quaresmal, que terão sido distribuídos por outras instituições, apurou um trabalho de investigação do periódico.

O Patriarcado alega que parte da verba serviu para custear a frequência de seminaristas cabo-verdianos em Portugal, mas no Mindelo nada se recebeu, directamente, dos peditórios feitos em 2011.


O jornal conta que a recolha de donativos nesta altura do ano é uma prática instituída na Igreja Católica portuguesa e que a dúvida sobre o seu destino não se aplica apenas ao caso do Mindelo.  


O ecónomo do Patriarcado de Lisboa, apontado como responsável pela aplicação das verbas e foi também denunciado por "alegada burla qualificada na Cáritas Diocesana de Lisboa", actualmente em investigação.


As contas das renúncias quaresmais posteriores a 2011, superiores a 200 mil euros em cada ano, também não deverão bater certo, segundo o Público.

Em seis anos, duas instituições - a Casa do Gaiato de Lisboa, e o Instituto da Sãozinha de Alenquer - receberam quase um terço do valor total arrecadado.
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