Jerónimo de Sousa acredita que os arguidos devem poder concorrer a cargos políticos “desde que não haja sentença”, dias após a líder do PSD ter sido criticada pela distrital lisboeta do partido por ter incluído António Preto e Helena Lopes da Costa nas listas de deputados.

O secretário-geral comunista referiu hoje à margem de uma acção partidária que, não havendo condenação, “deve ser respeitado o princípio da presunção de inocência até a sentença transitar em julgado".

Citado pela Lusa, e sem se referir directamente às escolhas de Manuela Ferreira Leite para as listas de deputados para as legislativas de 27 de Setembro, Jerónimo de Sousa acrescentou, porém, que “por princípio ético todos os que estejam condenados em processo judicial, não deveriam participar em listas a eleições".

Numa decisão que o líder da distrital de Lisboa, Carlos Carreiras, considerou que “compromete seriamente a imagem do partido”, a direcção nacional do PSD forçou a inclusão do ex-deputado António Preto – arguido por crimes de fraude fiscal e falsificação de documentos – em oitavo lugar no círculo eleitoral da capital.

Também Helena Lopes da Costa, ex-vereadora da Câmara de Lisboa que está acusada de 22 crimes de abuso de poder, por alegado favorecimento na concessão de casas municipais, aparece na décima posição na lista.