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PCP foi o partido da oposição que conseguiu aprovar mais alterações ao OE
O saldo da votação das propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2020, que terminou esta quinta-feira, foi claramente favorável aos comunistas que, juntamente com o PEV, viram aprovadas 54 propostas. Os socialistas conseguiram aprovação para 72, todas as que levaram a votos.
O Parlamento aprovou ao todo 211 propostas de alteração à proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2020 inicialmente apresentada pelo Governo. Destas, 76 foram apresentadas pelos socialistas que conseguiram aprovar todas as que levaram a votos. Logo a seguir no ranking vem o PCP, que foi o partido da oposição que mais conquistas alcançou: viu aprovadas 38 propostas entre 313 entregues. Juntamente com o PEV, com 16 aprovações, o saldo sobe para as 54.
Quanto ao Bloco de Esquerda, o outro partido que no último mandato deu a mão ao Governo no Parlamento, recebeu luz verde para 25 propostas de alteração ao OE, de um total de 209 que apresentou.
Depois de uma maratona de votações, que começou na segunda-feira, 3 de fevereiro, e só terminou hoje, dia 6, o Orçamento do Estado foi aprovado em votação final global, com os votos a favor do PS e as abstenções do Bloco de Esquerda, PCP, PAN, Os Verdes e da deputada Joacine Katar Moreira. A direita, tal como havia feito na votação na generalidade, votou contra.
Logo a seguir aos dois principais partidos de esquerda, o PAN foi o grupo parlamentar que mais propostas viu aprovadas: 28 entre 236 que apresentou. O PSD conseguiu o aval do Parlamento apenas para 20 (incluindo-se aqui os deputados do PSD Madeira). O CDS ficou-se pelas quatro propostas aprovadas e o Chega e o Iniciativa Liberal conseguiram apenas duas cada um.
De referir ainda o Livre, que apresentou 52 propostas de alteração e no final contabilizou quatro aprovações.
Se, na maioria dos casos, as propostas da oposição que foram aprovadas foram o resultado de negociações com o PS, que foram acontecendo ao longo do debate na especialidade, houve também alguns casos em que a aprovação resultou de uma coligação negativa, em que a esquerda se juntou ao PSD e, à revelia do PS, aprovou propostas que estavam a ser recusadas pelos socialistas e pelo Governo.