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PCP admite conversar sobre OE2022, mas avisa que "não assina de cruz"

Jerónimo de Sousa admitiu este sábado conversar com o Governo "sem bota-abaixismos" sobre o Orçamento do Estado para o próximo ano, mas considerou que na resposta à crise pandémica o Executivo de António Costa ficou "muito aquém do que anunciava".

Lusa
01 de Maio de 2021 às 17:33
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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, admitiu este sábado conversar "sem bota-abaixismos" com o Governo PS sobre o Orçamento do Estado de 2022, mas avisou o primeiro-ministro, António Costa, que o partido "não assina de cruz".

"O Governo e António Costa conhecem-nos. Nós não agimos por cálculos políticos, agimos em conformidade com a realidade, com os problemas", afirmou Jerónimo de Sousa, em declarações aos jornalistas, à margem da manifestação do Dia do Trabalhador, organizada pela CGTP, em Lisboa, num comentário à entrevista do primeiro-ministro ao DN, JN e TSF, na qual afastou o cenário de crise política no Orçamento.

Logo a seguir, Jerónimo de Sousa afirmou que, na resposta à crise pandémica, "o Governo ficou muito aquém do que anunciava" e até do que está previsto no Orçamento do Estado de 2021.

Se o Executivo do PS, que depende de acordos com os restantes partidos para a aprovação do Orçamento no parlamento, quiser dar resposta "aos anseios" dos manifestantes neste 1.º de Maio, então os comunistas admitem conversar "sem bota-abaixismos".

"Procuraremos sempre que a vida fique melhor para quem trabalha, para quem tem uma pequena empresa", disse, afirmando também que o PCP "não assina de cruz" um documento, o Orçamento do Estado, que ainda não conhece. "Não peçam ao PCP que as coisas andem para trás", disse ainda.

O líder dos comunistas sublinhou que a "grande disponibilidade" do partido será analisar as propostas do Governo para fazer face à "situação dramática", social e económica, no país.

"Será perante as propostas concretas que agiremos, votaremos e decidiremos", insistiu, quanto ao Orçamento, dizendo que o partido não "viabiliza uma coisa que não conhece".

Face à "situação preocupante" no país é preciso, disse, que o Governo diga "que resposta vai dar" ao "aumento do desemprego" ou ainda ao aumento "da desvalorização dos salários dos trabalhadores".

Jerónimo de Sousa prometeu que os comunistas se oporão a opções no orçamento que signifiquem uma "política de secundarização de quem trabalha, de quem tem uma pequena empresa".
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