O primeiro-ministro já pensou nos nomes de portugueses que gostaria de ver como braços-direitos de Jean-Claude Junker na Comissão Europeia, mas garante que ainda nenhuma decisão está tomada. Tudo depende da margem que Portugal tiver no processo negocial que se segue. Directamente questionado sobre a hipótese de o candidato não pertencer à órbita do PSD, como Paulo Portas, Passos Coelho recusou-se a falar de nomes em conferências de imprensa e na praça pública.

Passos Coelho não nega a ambição de ter um português na vice-presidência da Comissão Europeia ou numa pasta de maior relevo, mas não quis alongar-se em considerações. "Já pensei mas ainda não há nenhuma decisão tomada. Não é um processo que possa decorrer em praça pública ou em conferências de imprensa", repetiu mais do que uma vez.

A título de enquadramento, o primeiro-ministro advertiu que o nome dependerá também do cargo que conseguir ser negociado. "É um processo que envolve uma interacção grande com o futuro presidente da Comissão Europeia e que está sempre relacionado com outros lugares que estão por decidir", respondeu Passos.

Os comissários terão de estar escolhidos até finais de Outubro e Passos Coelho garante que não deixará de ouvir o principal partido da oposição sobre a matéria.

Além de Paulo Portas, a comunicação social tem dado conta de ambição de Poiares Maduro, Carlos Moedas e de Silva Peneda para o lugar de comissário europeu.