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Passos propõe que atracção de investimento seja um projecto nacional

O presidente do PSD propôs que a atracção de investimento seja um projecto nacional, que una os partidos, mas acrescentou que tal depende da confiança, considerando que isso talvez seja difícil de conseguir actualmente.

Pedro Passos Coelho é o 3.º Mais Poderoso 2015
Disse “não” a Ricardo Salgado e desencadeou uma ruptura histórica nos poderes do regime. O GES faliu, o BES ficou como “banco mau” e a PT voltou a ser uma pequena empresa de telecomunicações portuguesa agora nas mãos de franceses. Viu um ex-primeiro-ministro ser preso. E as sondagens apontam para o que nem Passo poderia esperar há um ano – a possibilidade de voltar a sair vencedor nas legislativas. A crise grega revelou contudo que o poder de Passos está sistematicamente ameaçado pelas tempestades do euro.
12 de Fevereiro de 2016 às 01:57
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"Temos de encontrar uma forma de atrair mais investimento externo para Portugal e isso devia ser um projecto nacional", declarou Pedro Passos Coelho, numa conferência intitulada "Amanhecer com futuro", que decorreu na quinta-feira nas instalações da Associação Empresarial da Região de Lisboa, em Oeiras.

 

No final do seu discurso, o ex-primeiro-ministro retomou o tema da atracção do investimento, declarando: "Admito que seja um bocadinho difícil alcançar este objectivo e ao mesmo tempo ter de explicar que uma parte significativa das decisões que o Governo pode ter de tomar dependem da CGTP ou dependem do Bloco de Esquerda, porque estas não são instituições que inspirem a maior confiança nos investidores".

 

Quando introduziu este assunto, Passos Coelho argumentou que "nesta matéria, as diferenças entre os partidos não deviam ser muito relevantes" porque todos beneficiam da atracção de investimento externo e do crescimento da economia e do emprego que daí resultam. "Devia haver muitas outras matérias sobre as quais pudéssemos discordar, mas depois podermos todos convergir para a necessidade de atrair investimento estrangeiro", reforçou.

 

O presidente do PSD acrescentou que "o investimento estrangeiro, seja investimento em títulos de dívida pública, seja em obrigações das empresas, seja directamente no capital das empresas ou em novas empresas", implica confiança. "O mundo vive na base da confiança, é mesmo assim. Depois, é preciso que essa confiança seja sólida, que não seja só conversa", prosseguiu.

 

Neste ponto, referiu-se de forma crítica à situação actual. "Não pode ser um bocadinho ao jeito daquilo que vou vendo nos dias de hoje: ouve apenas o que eu digo, não vejas o que eu faço. Uma coisa tem de corresponder à outra", afirmou.

 

Nesta intervenção, que durou cerca de 40 minutos, Passos Coelho defendeu que Portugal precisa de "manter as boas contas" e não pode ter a imagem de "um país de incumpridores", apontando a Grécia como exemplo a não seguir.

 

O ex-primeiro-ministro declarou-se "de bem com a vida e de bem com o país", tendo em conta a anterior governação, mas reiterou que o seu projecto ficou a meio: "Seriam necessárias duas legislaturas para fazer o que era preciso".

 

Passos Coelho, que está em campanha interna como candidato a um novo mandato de dois anos como presidente do PSD, enunciou como prioridades para o futuro a demografia, a melhoria do funcionamento dos serviços do Estado e o combate às desigualdades.

 

No final do seu discurso, apresentou-se como um garante da confiança, valor que acusou o Governo do PS de estar pôr em causa.

 

"É muito importante para o país saber que, se quiser ter confiança, previsibilidade e, ao mesmo tempo, transparência, pode ter à sua escolha uma força que provou na oposição e no Governo não trocar o interesse do país por aquilo que possam ser os seus interesses partidários mais imediatos. E isso, acreditem, tanto se pode fazer no Governo como na oposição. E era isso que eu gostaria que a minha recandidatura à liderança do PSD pudesse significar", declarou.

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