O primeiro-ministro defendeu esta segunda-feira, 20 de Julho, que chegou o momento de a Europa avançar para uma "segunda fase da sua arquitectura", onde se inclui a criação de um Fundo Monetário Europeu – ideia já defendida várias vezes por Pedro Passos Coelho.

Esta tarde, num almoço-debate com empresários portugueses, o chefe do governo defendeu que este fundo deveria funcionar como um "mecanismo de ajustamento financeiro permanente", com a função de supervisionar e monitorizar os progressos dos programas de ajustamento.

Pedro Passos Coelho destacou outras duas funções essenciais deste Fundo Monetário Europeu: capacidade financeira para financiar as reformas que promovam o reequilíbrio entre os Estados-membros e a introdução de um certo tipo de capacidade orçamental (opção limitada à Zona Euro).

No passado mês de Maio, Passos Coelho explicou, durante uma visita a Florença, que "este mecanismo deve ser autónomo dos governos nacionais em termos de tomada de decisões. E deve estar equipado com a capacidade técnica e financeira para agir de forma rápida e informada".

Na altura, o primeiro-ministro referiu também que o Fundo Monetário Europeu deve ir mais longe e não se limitar apenas a actuar em situações de emergência. Deve, isso sim, ter a capacidade para "financiar reformas estruturais nacionais, com contágio positivo para a Zona Euro no seu todo, bem como projectos de investimento, focados em modernizar a infra-estrutura da qual o Mercado Único depende", afirmou. Em conjunto com o Banco de Investimento Europeu, o Fundo Monetário Europeu poderá ajudar a "reequilíbrio da Zona Euro".

Esta tarde, Pedro Passos Coelho sublinhou que a criação deste fundo exige a "integração do Mecanismo Europeu de Estabilidade" e permite retirar o Banco Central Europeu da actual situação "ambígua e problemática".