Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Participação do sector privado na ajuda à Grécia ainda incerta

A incerteza sobre o nível de participação dos investidores privados na troca de obrigações gregas continua a gerar ansiedade. Uma participação inferior a 66% poderá por em causa todo o novo pacote de ajustamento grego.

04 de Março de 2012 às 23:30
  • ...
Charles Dallara, o representante das instituições financeiras que negociou com o Governo grego, veio Domingo a público sublinhar que considera que esta é a melhor opção para os investidores, lembrando que a alternativa será um incumprimento desordenado. Ainda assim, há quem entenda que, dado o nível de perdas que está a ser proposto, mais vale recusar e seguir para a via litigiosa ou esperar por uma melhor proposta mais tarde.

"À medida que [os investidores] olham para a proposta e para as escolhas efectivas que enfrentam, creio que haverá um reconhecimento crescente dos benefícios", afirmou, citado pelo FT, Charles Dallara, que preside ao Instituto de Finanças Internacionais, acrescentando: "eu pessoalmente não vejo que outro negócio possa estar para aparecer ao virar da esquina, se é que alguém pensa que há por aí um negócios melhor".

Os detentores privados de 206 mil milhões de euros de dívida grega, têm até quinta-feira para decidir se aceitam a troca que retirará cerca de 100 mil milhões de euros a esse valor. O corte corresponde a cerca de 70% do valor nominal dos títulos.

Para evitar a activação de cláusulas de acção colectiva (CAC), um instrumento legal que impõe perdas a todos os investidores, mesmo os que recusaram a participação, é necessário que pelo menos 75% dos detentores de obrigações aceite o negócio. Se a participação for inferior a 66%, então não será possível activar as CAC e a troca falhará, ameaçando todo o pacote de ajustamento. RPJ

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio