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Países devem manter "políticas orçamentais ágeis e responsivas", diz Paolo Gentiloni

Duarte Roriz
09 de Maio de 2022 às 17:46
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O comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, considerou esta segunda-feira que a guerra na Ucrânia terá "um impacto económico significativo", precisando que, no atual contexto, devem ser mantidas políticas orçamentais "ágeis" e "responsivas", tal como durante a pandemia.

"O custo humanitário e económico da guerra dependerá da sua duração. No entanto, é evidente que a guerra terá um impacto económico significativo e que nossas previsões anteriores terão de ser ajustadas", referiu o comissário europeu numa mensagem de vídeo transmitida na conferência "Que visão para uma Economia Europeia Resiliente e Sustentável", a decorrer em Lisboa.

Este ajustamento será conhecido quando, na próxima semana, a Comissão Europeia divulgar as previsões económicas da primavera atualizadas, indicou.

"No atual contexto geopolítico, a nossa resiliência económica é crucial não apenas para proteger os nossos cidadãos como também o nosso modelo de democracia liberal", referiu o comissário europeu, na abertura da conferência, organizada pelo Jornal de Negócios, com o apoio da Católica Business School, no âmbito do Dia da Europa.

Neste contexto, Paolo Gentiloni salientou ser necessário "manter as políticas orçamentais ágeis e responsivas" à semelhança do que foi feito durante a pandemia, sinalizando as orientações atualizadas sobre a política orçamental de 2023 que a Comissão Europeia vai fornecer no âmbito do pacote da primavera do semestre europeu.

Gentiloni salientou ainda a necessidade de se acelerar a transição verde, como forma de a União Europeia reduzir a dependência das importações de combustíveis fósseis e garantir que preços e energia mais acessíveis, apontando que no final deste mês a Comissão vai apresentar a iniciativa "REPowerEU", visando "diversificar o fornecimento de gás, acelerar a utilização de gases renováveis e substituir o gás no aquecimento e na produção de energia".

"Devemos [também] continuar a implementar efetivamente os planos nacionais de recuperação e resiliência que os Estados-membros implementaram após a pandemia", referiu o comissário europeu, realçando que "Portugal está a fazer bons progressos no seu plano" numa referência à avaliação positiva que a Comissão fez recentemente do pedido de pagamento, na sequência do cumprimento das metas e objetivos acordados.

"Continuar nesse espírito será fundamental para apoiar a confiança e realizar os investimentos e as reformas de que nossas economias precisam, agora mais do que nunca", afirmou o responsável do executivo europeu pela área da Economia.

O comissário lembrou ainda os primeiros passos da construção do projeto europeu e as 70 décadas de paz e prosperidade que tal conferiu à Europa, assinalando que essa conquista está em risco perante o regresso de uma guerra junto às fronteiras da União Europeia e da NATO.
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