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Operador alemão exige contratos em dracmas a hotéis gregos

Exigência da TUI pretende precaver eventual saída da Zona Euro. Hoteleiros gregos estão ofendidos com a exigência e não pretendem acatá-la.

06 de Novembro de 2011 às 21:24
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O operador turístico alemão TUI, um dos maiores da Europa, está a exigir a renegociação dos contratos com os hotéis gregos, de forma a prever a saída da Grécia da Zona Euro, noticia o “The Guardian”

“Ouvi falar que a TUI enviou cartas com uma cláusula que menciona o uso do dracma às cadeias hoteleiras de Creta, que é o maior mercado deles. As pessoas estão zangadas”, afirmou Christina Tetradis, presidente de uma associação de turismo grega, em declarações ao diário britânico. “É muito triste e achamos que se precipitaram”.

Christina Tetradis diz que os hoteleiros gregos ficaram ofendidos com a exigência e não vão cumpri-la. “Não compreendemos e queremos que eles a retirem”, disse.

A TUI justificou a decisão com a necessidade de se precaver contra eventuais perdas. Um novo dracma valeria menos 40% a 50% do que o euro. “Vamos ser realistas, a saída da Zona Euro é mais do que uma mera hipótese teórica”, afirmou o porta-voz do grupo.

A exigência do operador alemão surge numa altura em que cresce o receio de que a Grécia tenha de deixar a Zona Euro, depois de o país ter mergulhado numa crise política nos últimos dias, que começou justamente com a possibilidade de ser referendada a permanência na moeda única.

Os líderes europeus já vieram reiterar que a Grécia não sairá do euro, nem da União Europeia. Mas na Alemanha, a maior economia da região, cresce o cepticismo em relação à capacidade de Atenas em dar a volta à crise.

Numa sondagem do semanário Focus dois terços dos alemães consideraram que a Grécia não tem futuro no euro. De acordo com uma sondagem do jornal grego Kathimerini, publicada ontem, 67% dos Gregos considera que viveriam pior com o dracma.

A ideia do referendo partiu do primeiro-ministro George Papandreou. A consulta popular foi entretanto abandonada e o líder do executivo acordou demitir-se 48 horas depois de ganhar um voto de confiança do Parlamento, permitindo a formação de um governo de unidade nacional entre o Pasok e o partido da Nova Democracia.

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