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ONU avança para seleção do próximo secretário-geral

António Guterres já indicou que está disponível para cumprir um segundo mandato como secretário-geral da Organização das Nações Unidas e conta com o apoio declarado de países como o Reino Unido e Alemanha.

António Guterres chegou à liderança da ONU em outubro de 2016.
António Guterres chegou à liderança da ONU em outubro de 2016. DR
11 de Fevereiro de 2021 às 21:23
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As Nações Unidas já deram início ao processo formal de seleção do próximo secretário-geral da organização, ao pedirem aos 193 Estados-membros que submetam possíveis nomes de candidatos ao cargo, atualmente ocupado pelo antigo primeiro-ministro português António Guterres.

O mandato de cinco anos de Guterres, que assumiu o cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em janeiro de 2017, termina no final deste ano, a 31 de dezembro.

Aclamado pelos 193 Estados-membros da Assembleia-Geral da ONU para o cargo de secretário-geral em 13 de outubro de 2016, António Guterres anunciou, em janeiro último, a sua disponibilidade para cumprir um segundo mandato de cinco anos para o período de 2022-2026.

Em 75 anos de vida das Nações Unidas, apenas o egípcio Boutros Boutros-Ghali (secretário-geral da ONU entre janeiro de 1992 e dezembro de 1996) não foi reconduzido no cargo.

O “primeiro passo” do processo foi dado na sexta-feira, quando o atual presidente da assembleia-geral da ONU, o diplomata turco Volkan Bozkir, e a embaixadora do Reino Unido junto daquela organização, Barbara Woodward, enviaram uma carta conjunta aos Estados-membros a abrir oficialmente o período de indicação de candidatos.

Segundo avançou a agência norte-americana Associated Press , a embaixadora das Honduras junto da ONU, Mary Elizabeth Flores Flake, também enviou uma carta a todos os Estados-membros da organização, lembrando que, até à data, nunca houve uma secretária-geral e pedindo aos países para que “apresentassem candidatas mulheres”.

“Estou a escrever esta comunicação a partir de uma posição de convicção, na qual a defesa da igualdade de direitos faz a diferença na criação de uma organização justa e equitativa e na abertura de oportunidades para as mulheres em todo o mundo”, afirmou a embaixadora hondurenha.

Na corrida de 2016, um grupo de 13 candidatos disputou o cargo: sete mulheres e seis homens. O processo de seleção em curso é o primeiro, ao abrigo das normas previstas na resolução de 2015, no qual o titular do cargo procura a reeleição, aguardando-se com expectativa a eventual apresentação de outros candidatos.

A mesma carta os dois diplomatas frisam que António Guterres “indicou (a sua) disponibilidade para satisfazer as expectativas dos Estados-membros em relação à transparência e inclusividade com a apresentação de um programa de visão [planeamento] e com a participação num diálogo informal com os Estados-membros”.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, já endossou António Guterres para um segundo mandato. A Alemanha também já tornou público o seu apoio ao atual secretário-geral da ONU. 

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