Notícia
Obama quer entrar para a história, McCain quer viragem histórica
Os norte-americanos escolhem esta terça-feira o 44.º presidente da sua história, colocando um ponto final na campanha mais cara de sempre (2,4 mil milhões de dólares) e também uma das mais disputadas.
Os norte-americanos escolhem esta terça-feira o 44.º presidente da sua história, colocando um ponto final na campanha mais cara de sempre (2,4 mil milhões de dólares) e também uma das mais disputadas.
As sondagens continuam a estender a passadeira de Washington a Barack Obama, o que tornaria o senador do Illinois no primeiro negro a chegar ao poder, mas John McCain acredita ainda que pode contrariar estes números com vitórias em estados-chave e conquistar o terceiro mandato consecutivo para os republicanos. A única certeza é a de que o homem que dormirá na Casa Branca a partir de Janeiro é canhoto.
A última sondagem da CNN, ontem divulgada, dava uma vantagem de sete pontos a Obama (51% contra 44%), com apenas 5% de indecisos. Apesar de poucos, foi para estes que McCain trabalhou no derradeiro dia da campanha. O senador do Arizona, 72 anos, começou bem cedo na Florida, percorrendo depois seis estados considerados "campos de batalha" até terminar, já perto da meia-noite e 3.000 quilómetros depois, no Nevada. Obama, 47 anos, começou igualmente o dia na influente Florida - onde Al Gore perdeu para Bush em 2000 após uma polémica recontagem de votos -, seguindo depois para a Carolina do Norte e Virgínia, onde os democratas não vencem há décadas, mas onde este ano têm esperanças.
A um dia das eleições, as estimativas do RealClearPolitics garantiam a Obama 278 votos eleitorais contra 132 para McCain, sendo que o "bilhete" para a Casa Branca é passado quando um candidato atinge 270 votos do total de 538 do colégio eleitoral. Enquanto as projecções vão sendo publicadas, o facto é que quase um quarto dos americanos já votou nas últimas semanas, e com vantagem de 55% para Obama.
O dia 4 de Novembro de 2008 ficará sempre para a história dos EUA, seja pela ascensão do primeiro negro à presidência, seja por testemunhar uma grande reviravolta (pouco esperada, diga-se) nas urnas, após o agudizar da crise financeira em Setembro ter começado a cavar a sepultura republicana.
A baixa popularidade de Bush após o falhanço na regulação dos mercados e os escândalos e "gaffes" de Sarah Palin, a "vice" escolhida por McCain para captar o voto ultraconservador, fizeram o resto.
Apesar da crise, nenhum dos candidatos alterou as propostas económicas iniciais, centradas, sobretudo, na política fiscal e na reforma dos sistemas de saúde e segurança social, todas elas com custos avultados para uma economia que apresenta um défice orçamental de perto de 500 mil milhões de euros. Perante o grande desafio de recuperar a maior economia do mundo e um posto de trabalho para os 6,1% de desempregados que o país tinha no final de Setembro, questões fracturantes, como a retirada de soldados do Iraque ou a dependência energética do petróleo, saem da agenda mediática da próxima Administração.
O "Wall Street Journal" descrevia no editorial de ontem o sentimento político nos EUA. Se, por um lado, arrasou a falta de experiência e as contradições entre a retórica e o programa de Obama, por outro, o jornal considerou o "peculiar salto de esperança" que traduzem as intenções de voto como "um sinal do quanto estão fartos dos republicanos".
As sondagens continuam a estender a passadeira de Washington a Barack Obama, o que tornaria o senador do Illinois no primeiro negro a chegar ao poder, mas John McCain acredita ainda que pode contrariar estes números com vitórias em estados-chave e conquistar o terceiro mandato consecutivo para os republicanos. A única certeza é a de que o homem que dormirá na Casa Branca a partir de Janeiro é canhoto.
A um dia das eleições, as estimativas do RealClearPolitics garantiam a Obama 278 votos eleitorais contra 132 para McCain, sendo que o "bilhete" para a Casa Branca é passado quando um candidato atinge 270 votos do total de 538 do colégio eleitoral. Enquanto as projecções vão sendo publicadas, o facto é que quase um quarto dos americanos já votou nas últimas semanas, e com vantagem de 55% para Obama.
O dia 4 de Novembro de 2008 ficará sempre para a história dos EUA, seja pela ascensão do primeiro negro à presidência, seja por testemunhar uma grande reviravolta (pouco esperada, diga-se) nas urnas, após o agudizar da crise financeira em Setembro ter começado a cavar a sepultura republicana.
A baixa popularidade de Bush após o falhanço na regulação dos mercados e os escândalos e "gaffes" de Sarah Palin, a "vice" escolhida por McCain para captar o voto ultraconservador, fizeram o resto.
Apesar da crise, nenhum dos candidatos alterou as propostas económicas iniciais, centradas, sobretudo, na política fiscal e na reforma dos sistemas de saúde e segurança social, todas elas com custos avultados para uma economia que apresenta um défice orçamental de perto de 500 mil milhões de euros. Perante o grande desafio de recuperar a maior economia do mundo e um posto de trabalho para os 6,1% de desempregados que o país tinha no final de Setembro, questões fracturantes, como a retirada de soldados do Iraque ou a dependência energética do petróleo, saem da agenda mediática da próxima Administração.
O "Wall Street Journal" descrevia no editorial de ontem o sentimento político nos EUA. Se, por um lado, arrasou a falta de experiência e as contradições entre a retórica e o programa de Obama, por outro, o jornal considerou o "peculiar salto de esperança" que traduzem as intenções de voto como "um sinal do quanto estão fartos dos republicanos".