Notícia
O Mérito que se transformou em Óscar
Quanto pesa a estatueta de ouro? Quantas foram já atribuídas? E como nasceu o nome?
O Óscar não foi sempre Óscar. Conta-se, mas nem a Academia sabe ao certo explicar, que a estatueta ganhou nome nos anos 30, quando a directora executiva Margaret Herrick viu nela semelhanças com um tio – o Tio Óscar. Mas só em 1939, dez anos depois da primeira cerimónia, é que o nome foi definitivamente adoptado para o cavaleiro que segura uma espada e que está em cima de uma bobine com um filme. São 33 centímetros de altura para um peso que não chega aos quatro quilos. Já foram, desde 1929, distribuídas mais de 2.800 estatuetas.
Emil Jannings foi o primeiro a receber a estatueta dourada, como Melhor Actor nos filmes “Last Command” [“A Última Ordem”] e “The Way of All Flesh” [“A Tentação da Carne”].
Mas a sua estátua de Mérito (assim era oficialmente designada - Prémio de Mérito da Academia) era, então, de bronze com um banho de ouro. Hoje é feito em liga de metal banhado a ouro. Mas em três anos durante a Segunda Guerra Mundial, a escassez de metais, levou a que a estatueta tivesse de ser feita em gesso, pintado de dourado.
Apesar da primeira cerimónia ter acontecido em 1929, a Academia já estava a planear a atribuição dos galardões desde 1927, quando foi constituída. Mas falta concebê-lo. O director de arte da Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), Cedric Gibbons, desenhou-o. O escultor George Stanley deu-lhe três dimensões.
A estatueta é produzida, desde 1982, em Chicago, na empresa R.S. Owens & Company. 50 Óscares demoram três a quatro semanas a serem fabricados.
E para que não haja imprevistos, a Academia assegura que tem sempre estatuetas a mais disponíveis. Não só porque apesar de serem 24 categorias o número de premiados não é possível de antecipar (há vários premiados por categoria), mas também para que os imprevistos não aconteçam. Como em 2000, ano em que a poucas semanas da cerimónia os Óscares foram roubados durante a expedição. Foram recuperados uma semana depois, mas do susto não se livraram. A partir de então a Academia mantém estatuetas guardadas.
Os leilões
A estatueta, avaliada em cerca de 200 dólares, tem um valor não monetário que é testado em leilões. No próximo dia 28 de Fevereiro vão estar em leilão 15 Óscares pelo martelo da Nate D Sanders.
Nem todas podem ir parar à licitação. Só as que foram ganhas até 1950. É que a partir dessa data a Academia decidiu estabelecer que as estatuetas não poderiam ser vendidas a terceiros. Só o podem fazer à própria Academia pela quantia simbólica de um dólar. Assim sendo a leilão estarão estatuetas de clássicos. Os organizadores acreditam que os 15 Óscares poderão render dois milhões de dólares, segundo noticia a BBC.
Em Dezembro, um Óscar ganho por Orson Welles pelo “Citizen Kane” foi leiloado por quase um milhão de dólares. Foi arrematado por 861 mil dólares, quase o dobro do valor gasto por Michael Jackson quando em 1999 comprou o Óscar que foi atribuído em 1940 ao Melhor Filme: “E Tudo o Vento Levou”.
No leilão de 28 de Fevereiro, que vai decorrer em Los Angeles, uma das estatuetas que poderá motivar maior atenção é a de Melhor Filme de 1933, atribuído no ano seguinte, por “Cavalcade”. É, segundo a BBC, a estatueta relativa a Melhor Filme mais antiga alguma vez em leilão e, por isso, apesar da base de licitação de mil dólares o seu valor está já em 106,7 mil dólares.
Emil Jannings foi o primeiro a receber a estatueta dourada, como Melhor Actor nos filmes “Last Command” [“A Última Ordem”] e “The Way of All Flesh” [“A Tentação da Carne”].
Apesar da primeira cerimónia ter acontecido em 1929, a Academia já estava a planear a atribuição dos galardões desde 1927, quando foi constituída. Mas falta concebê-lo. O director de arte da Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), Cedric Gibbons, desenhou-o. O escultor George Stanley deu-lhe três dimensões.
A estatueta é produzida, desde 1982, em Chicago, na empresa R.S. Owens & Company. 50 Óscares demoram três a quatro semanas a serem fabricados.
E para que não haja imprevistos, a Academia assegura que tem sempre estatuetas a mais disponíveis. Não só porque apesar de serem 24 categorias o número de premiados não é possível de antecipar (há vários premiados por categoria), mas também para que os imprevistos não aconteçam. Como em 2000, ano em que a poucas semanas da cerimónia os Óscares foram roubados durante a expedição. Foram recuperados uma semana depois, mas do susto não se livraram. A partir de então a Academia mantém estatuetas guardadas.
Os leilões
A estatueta, avaliada em cerca de 200 dólares, tem um valor não monetário que é testado em leilões. No próximo dia 28 de Fevereiro vão estar em leilão 15 Óscares pelo martelo da Nate D Sanders.
Nem todas podem ir parar à licitação. Só as que foram ganhas até 1950. É que a partir dessa data a Academia decidiu estabelecer que as estatuetas não poderiam ser vendidas a terceiros. Só o podem fazer à própria Academia pela quantia simbólica de um dólar. Assim sendo a leilão estarão estatuetas de clássicos. Os organizadores acreditam que os 15 Óscares poderão render dois milhões de dólares, segundo noticia a BBC.
Em Dezembro, um Óscar ganho por Orson Welles pelo “Citizen Kane” foi leiloado por quase um milhão de dólares. Foi arrematado por 861 mil dólares, quase o dobro do valor gasto por Michael Jackson quando em 1999 comprou o Óscar que foi atribuído em 1940 ao Melhor Filme: “E Tudo o Vento Levou”.
No leilão de 28 de Fevereiro, que vai decorrer em Los Angeles, uma das estatuetas que poderá motivar maior atenção é a de Melhor Filme de 1933, atribuído no ano seguinte, por “Cavalcade”. É, segundo a BBC, a estatueta relativa a Melhor Filme mais antiga alguma vez em leilão e, por isso, apesar da base de licitação de mil dólares o seu valor está já em 106,7 mil dólares.