Notícia
O Value Based Healthcare em acção
A oncologia da Luz mudou com base nos "outcomes", o São João do Porto com o "big data".
13 de Dezembro de 2017 às 11:06
"O Centro de Oncologia do Hospital da Luz é um 'hub' estratégico na área da oncologia na região sul por isso é fundamental que tenhamos uma estratégia centralizada nos doentes, uma avaliação muito centrada na experiência do cliente, e uma abordagem multidisciplinar que faz com que possamos ter uma estratégia da saúde baseada em resultados em implementação no terreno e para isso fizemos o alinhamento dos 'stakeholders'", afirmou Filipe Costa, Oncology Business Management Director - Hospital da Luz na apresentação "Implementação do VBH no Centro de Oncologia do Hospital da Luz".
Para esta nova abordagem foi necessário passar do modelo tradicional académico da especialidade e do serviço para uma equipa multidisciplinar orientada no sentido da linha de patologia. "Com os médicos ao leme deste barco e com uma grande equipa multidisciplinar que envolve médicos, enfermeiros, engenheiros, desenhamos um ciclo de valor que diminuiu o impacto de erro", diz Filipe Costa.
Guidelines e evidências
Fizeram-se protocolos com base em guidelines internacionais e nas evidências clínicas, a definição de indicadores de processo e de outcomes, o Patient Reported Experience Measures, os Patient Reported Outcome Measures e depois o desenho do itinerário clínico do doente.
Deve-se continuar a olhar para os resultados dos doentes e a pergunta que se deve fazer é "Quanto custa um mau tratamento?", disse Filipe Costa. Acrescentou que "quando usamos a equação de Porter deve-se olhar para o denominador custos, mas sobretudo para maximização do valor".
O "big data" do São João
O Centro Hospitalar de São João passou de uma instituição que não sabia quantos trabalhadores tinha para uma situação em que um médico no hospital recebe sms sobre a situação dos seus doentes. "Isto não é uma caixa de Pandora de soluções", referiu José Pedro Almeida, director de serviço de Inteligência de Negócio e Ciência de Dados, que lidera uma equipa de três pessoas.
A estratégia começou em 2011 com a aposta nos dados, na medição, nas "decisões com base em números e não em feelings". A informação tinha de ser ligada e tornada visível para toda a gente. O problema estava em articular 50 sistemas tecnológicos. Fizeram-no através de uma folha de Excel , em que se responde às perguntas em tempo real.
Previsão do risco clínico
Faz 300 milhões de registos por dia, todos os dias calcula 560 biliões de respostas a uma pergunta que alguém faz, responde a 100 mil estudos feitos no hospital por ano, quando antes se faziam mil, salientou José Pedro Almeida na sua apresentação sobre "The most advanced Hospital solution in Europe, transfroming Big Data".
Procuram fazer a previsão do risco clínico. Por exemplo, quais são os doentes que, com base na informação existente, têm mais probabilidades de entrar numa unidade de cuidados intensivos e morrer nas próximas horas. Com esta analítica pode-se antecipar até 30% as admissões em cuidados intensivos nos sete dias antes de o evento ocorrer.
Para esta nova abordagem foi necessário passar do modelo tradicional académico da especialidade e do serviço para uma equipa multidisciplinar orientada no sentido da linha de patologia. "Com os médicos ao leme deste barco e com uma grande equipa multidisciplinar que envolve médicos, enfermeiros, engenheiros, desenhamos um ciclo de valor que diminuiu o impacto de erro", diz Filipe Costa.
Fizeram-se protocolos com base em guidelines internacionais e nas evidências clínicas, a definição de indicadores de processo e de outcomes, o Patient Reported Experience Measures, os Patient Reported Outcome Measures e depois o desenho do itinerário clínico do doente.
Deve-se continuar a olhar para os resultados dos doentes e a pergunta que se deve fazer é "Quanto custa um mau tratamento?", disse Filipe Costa. Acrescentou que "quando usamos a equação de Porter deve-se olhar para o denominador custos, mas sobretudo para maximização do valor".
O "big data" do São João
O Centro Hospitalar de São João passou de uma instituição que não sabia quantos trabalhadores tinha para uma situação em que um médico no hospital recebe sms sobre a situação dos seus doentes. "Isto não é uma caixa de Pandora de soluções", referiu José Pedro Almeida, director de serviço de Inteligência de Negócio e Ciência de Dados, que lidera uma equipa de três pessoas.
A estratégia começou em 2011 com a aposta nos dados, na medição, nas "decisões com base em números e não em feelings". A informação tinha de ser ligada e tornada visível para toda a gente. O problema estava em articular 50 sistemas tecnológicos. Fizeram-no através de uma folha de Excel , em que se responde às perguntas em tempo real.
Previsão do risco clínico
Faz 300 milhões de registos por dia, todos os dias calcula 560 biliões de respostas a uma pergunta que alguém faz, responde a 100 mil estudos feitos no hospital por ano, quando antes se faziam mil, salientou José Pedro Almeida na sua apresentação sobre "The most advanced Hospital solution in Europe, transfroming Big Data".
Procuram fazer a previsão do risco clínico. Por exemplo, quais são os doentes que, com base na informação existente, têm mais probabilidades de entrar numa unidade de cuidados intensivos e morrer nas próximas horas. Com esta analítica pode-se antecipar até 30% as admissões em cuidados intensivos nos sete dias antes de o evento ocorrer.