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"O nível da água subiu tanto, que a angústia era grande". 14 pessoas resgatadas de carros

Carlos Moedas apelou à população que numa nova situação de fenómeno extremo como o que ocorreu nesta noite e madrugada, que as pessoas "não arrisquem" para não serem apanhadas de surpresa em situações que não se podem controlar.

Lusa
08 de Dezembro de 2022 às 11:37
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O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, disse esta quinta-feira que foram resgatadas 14 pessoas, muitas das quais do interior das viaturas, devido às inundações no Campo Grande, Campo Pequeno e Alcântara, provocadas pela chuva forte.

Em conferência de imprensa nos Paços do Concelho, cerca das 10:30, Carlos Moedas começou por enaltecer o trabalho dos Sapadores Bombeiros de Lisboa, dos Bombeiros Voluntários e de todos os elementos da proteção civil que durante a noite ocorrem à população devido à chuva intensa.

"Foram 14 pessoas resgatadas, muitas delas dentro dos carros, sobretudo nos túneis do Campo Grande, Campo Pequeno e em Alcântara. O nível da água subiu tanto, que a angustia era grande. As pessoas foram resgatadas sem grandes incidentes e ferimentos", disse o autarca, revelando que as situações foram sobretudo de "ansiedade e de grande susto".

Carlos Moedas apelou à população que numa nova situação de fenómeno extremo como o que ocorreu nesta noite e madrugada, que as pessoas "não arrisquem" para não serem apanhadas de surpresa em situações que não se podem controlar.

De acordo com o autarca, o túnel do Campo Grande deverá estar aberto "na próxima hora", considerando que a cidade "está a voltar à sua normalidade", apesar de estar a ser alvo de limpeza um pouco por toda a parte pelas equipas da higiene urbana.

"Tenho um pedido a fazer aos lisboetas: ontem muitas pessoas arriscaram nos túneis, se isto voltar a acontecer, o que é inevitável devido às alterações climáticas, assim que começarem a ver a água num túnel a subir é não arriscar, é chamar a polícia municipal", apelou.

"Ontem no Campo Grande o túnel era como se fosse uma piscina de três metros de profundidade. A minha angustia era o que podia ser encontrado", reconheceu aos jornalistas, reiterando o apelo "não arrisquem, peçam ajuda, saiam do carro".

Carlos Moedas, lembrou também que nos últimos três meses, a capital já foi assolada por três fenómenos extremos, e que a probabilidade de voltar a acontecer "é muito grande".

O autarca frisou igualmente que na cidade de Lisboa estão identificados os locais onde as "situações mais graves acontecem normalmente", como a Baixa lisboeta, o Campo Grande e Campo Pequeno, Lumiar e a Avenida 24 de julho.
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