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Número de investimentos estrangeiros em Portugal mais que triplica em 2001

O número de projectos de investimento directo estrangeiro em Portugal registou um crescimento de 217% em 2001, atingindo os 26, com o sector automóvel a ser responsável por mais de metade daquele valor, adiantou a Ernst & Young.

16 de Abril de 2002 às 12:52
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O número de projectos de investimento directo estrangeiro em Portugal registou um crescimento de 217% em 2001, atingindo os 26, com o sector automóvel a ser responsável por mais de metade daquele valor, adiantou a Ernst & Young.

«Em 2000, tinham sido realizados em Portugal, apenas 12 projectos de investimento e em 2001 este número ascendeu a 26%, reflectindo um crescimento de 217%», segundo o relatório «European Investment Monitor 2002», compilado pela Ernst & Young.

Esta evolução reflectiu «uma tendência de deslocação do investimento para o Sul e Este da Europa», uma vez que em termos europeus, o número de projectos de investimento directo estrangeiro recuou 12% face a 2000, passando para os 1.974.

Em termos de empregos criados, os novos projectos deram origem a 340 mil postos de trabalho, no conjunto da Europa, números que traduzem um decréscimo homólogo de 9%.

O sector automóvel concentrou 14 dos novos projectos de investimento estrangeiro em Portugal no ano passado, contra os três criados em 2000 neste segmento.

Lisboa foi a principal zona de implantação de investimentos em 2001, com nove projectos em 2001, ou 34% do total, seguindo «uma tendência generalizada a nível europeu, onde a maior parte do investimento se concentra nas capitais de cada país».

O país responsável pela maior fatia dos novos projectos no nosso país foi a Alemanha, com sete, enquanto a Espanha, a França e os Estados Unidos contribuíram com quatro cada. A Itália e o Japão deram ambos origem a dois projectos, com os restantes três a dividirem-se pelo Liechtenstein, Canadá e Reino Unido.

Reino Unido lidera quedas na Europa

A nível europeu, os resultados globais foram influenciados pela quebra de 34% registada no Reino Unido, que fez a quota de mercado europeu deste país passar dos 26% para os 19%. A mesma tendência seguiu a França, cuja quota passou dos 25% para os 13%.

Na Irlanda, verificou-se uma descida de 46% no número de novos projectos, enquanto a Suíça e a Holanda apresentaram recuos de 47% e 37%, respectivamente.

A mesma fonte explicou que uma das causas para esta evolução foi o momento «menos favorável» que a economia dos Estados Unidos (EUA) atravessou em 2001, o que levou os investimentos com origem naquele país a diminuírem 26% para os 733.

Investimentos nas novas tecnologias caem

Os projectos de investimento estrangeiro na área de telecomunicações na Europa desceram 48% em 2001, enquanto nos computadores e na electrónica verificaram-se quedas de 49% e 22%, respectivamente.

Estes sectores tinham sido aqueles a apresentar maiores taxas de crescimento no ano transacto, referiu a Ernst & Young.

Os sectores que registaram maiores aumentos, em termos de número de projectos, no último ano foram o farmacêutico (18%, o automóvel (9%) e o sector dos transportes (21%).

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