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Número de médicos de família que passam este ano à aposentação pode ser o maior de sempre

Há 1.089 médicos de família que este ano podem passar à aposentação, numa altura em que faltam nos centros de saúde 780 clínicos para dar resposta aos mais de um milhão de utentes sem médico de família.

Orçamento do SNS em 2020
07 de Fevereiro de 2022 às 10:09
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Este ano o número de médicos de família que vão passar à aposentação poderá ser o maior de sempre, fazendo disparar o número de utentes sem médico de família.  


De acordo com o Público – com base nos cálculos do coordenador do grupo para a reforma dos cuidados de saúde primários, João Rodrigues – há 1.089 médicos de família que estão em condições de sair dos centros de saúde. Este número resulta da soma dos médicos que em 2022 vão atingir, ou já atingiram a idade legal de reforma, aos 93 aposentados que regressaram transitoriamente ao SNS e acabam os contratos temporários este ano.


Numa altura em que faltam 780 médicos para dar cobertura a mais de um milhão de utentes sem médico de família, "se todos decidirem sair, será uma desgraça completa", avisa ao Público o coordenador do grupo para a reforma dos cuidados de saúde primários, João Rodrigues.


Em 2023, prevê ao Público o coordenador, o problema vai manter-se, ainda que menos grave: 419 profissionais poderão aposentar-se e, em 2024, serão 297. Só a partir de 2025, adianta João Rodrigues, passam a ser poucos os médicos de família que estão em condições de se aposentar.


João Rodrigues diz ainda que os cerca de 500 jovens médicos que a cada ano acabam o internato, não são suficientes para compensar as saídas previstas. Até porque, sublinha, uma parte destes opta por não ficar no SNS.

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