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Nobel da Economia atribuído a Oliver Hart e Bengt Holmström

A academia sueca decidiu premiar os dois economistas, nascidos na Europa e professores e investigadores nos Estados Unidos, "pelas suas contribuições para a teoria dos contratos".

10 de Outubro de 2016 às 11:04
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Oliver Hart e Bengt Holmström são os vencedores do prémio Nobel da Economia 2016, anunciou esta segunda-feira, 10 de Outubro, a Academia Real de Ciências Sueca. Os dois académicos vão dividir em partes iguais o prémio de oito milhões de coroas suecas (828 mil euros), que será entregue numa cerimónia em Dezembro.

 

Oliver Hart, que nasceu em 1948 em Londres, é doutorado pela Universidade de Princeton e trabalha nos Estados Unidos desde os anos 1980, sendo actualmente professor em Harvard. Um ano mais novo, o finlandês Bengt Holmström, doutorado em Stanford, dá aulas de Economia e Gestão no Massachusetts Institute of Technology (MIT).

 

Segundo a informação divulgada esta manhã pelo secretário-geral, Göran K. Hansson, "as novas ferramentas teóricas criadas por Hart e Holmström são valiosas para a compreensão dos contratos e das instituições na vida real, bem como das potenciais armadilhas no desenho do contrato".

 

A nota oficial da academia sueca lembra, por exemplo, que as relações contratuais tanto abrangem os accionistas e a gestão de topo de uma empresa, como os proprietários de uma casa ou de um carro que fazem um seguro, ou o Estado e os seus fornecedores.

"Como estas relações tipicamente implicam conflitos de interesses, os contratos devem ser devidamente concebidos para assegurar que as partes tomam decisões mutuamente benéficas", lê-se no documento, que destaca que a teoria desenvolvida pelos dois galardoados é "um quadro aprofundado para a análise dos diversos aspectos do desenho do contrato, como o pagamento aos executivo de topo baseado na performance, as franquias e os co-pagamentos nos seguros ou a privatização de actividades do sector público".

 
À espera do telefone... e das mulheres

Numa reacção transmitida em directo no local do anúncio, Holmström mostrou-se "muito surpreendido" com esta distinção. Citado na conta oficial do prémio Nobel no Twitter, Hart confessou que tinha acordado às 4:40 e que, antes do telefone tocar, já se começava a questionar sobre se não seria demasiado tarde para lhe darem a aguardada notícia.


Desde 1969, quando o banco central sueco decidiu instituir o prémio nesta categoria, o Nobel da Economia já foi atribuído por 48 vezes a 78 pessoas – ou seja, só 24 prémios foram atribuídos a um só indivíduo. E apenas por uma vez foi laureada uma mulher: aconteceu com a cientista política Elinor Ostrom, em 2009, pelo trabalho desenvolvido em matéria de governo económico.

 

A idade média dos galardoados com o Nobel da Economia ronda os 67 anos. O mais novo foi Kenneth J. Arrow, que em 1972 tinha 51 anos; o mais velho tinha 90 anos e chamava-se Leonid Hurwicz. Os estatutos da Fundação Nobel estipulam, desde 1974, que o prémio não pode ser atribuído a título póstumo, a menos que a morte ocorra já depois do anúncio do vencedor.

 

No ano passado, o Prémio Sveriges Riksbank de Ciências Económicas tinha sido atribuído a Angus Deaton, professor da Universidade de Princeton nascido na Escócia, "pela sua análise do consumo, pobreza e bem-estar" no mundo.

 

Confira aqui todos os vencedores do Prémio Nobel da Economia.

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