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Mourinho Félix: Movimentos com zonas offshores é algo com que temos de aprender a viver

Questionado sobre se olha com preocupação para estes números, o secretário de Estado das Finanças disse que "as transferências para offshores são operações que, desde que cumpram os regimes fiscais vigentes, são autorizadas".

Dijsselbloem considera  reacção de Portugal 'chocante' - Dijsselbloem considera 'chocante' a reacção de Portugal, referindo-se às palavras de António Costa. Fá-lo perante o secretário de Estado das Finanças e depois de Mourinho Félix lhe pedir que se retractasse. Perante câmaras de TV, à entrada da reunião do Eurogrupo em Malta, Mourinho diz: 'Quero dizer-lhe que foi profundamente chocante aquilo que disse dos países que estiveram sob resgate e gostaríamos que pedisse desculpas perante os ministros e a imprensa.' Resposta do holandês: 'Eu vou dizer alguma coisa sobre isso, mas a reacção de Portugal também foi chocante. Não lhe vou exigir um pedido de desculpa, mas vou dizer alguma coisa.'
31 de Outubro de 2017 às 19:34
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Cerca de 8,6 mil milhões de euros foram transferidos para offshores no ano passado, através de quase 58,8 mil transferências, de acordo com as estatísticas publicadas ontem pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e citadas pela Lusa.

Questionado sobre se olha com preocupação para estes números, o secretário de Estado das Finanças disse que "as transferências para offshores são operações que, desde que cumpram os regimes fiscais vigentes, são autorizadas". Mas, sublinha, "e me perguntar se seria melhor se tivessem ficado em Portugal do que saído, era melhor que tivessem financiado a economia portuguesa".

 

"O que temos de conseguir é ter uma economia que seja suficientemente produtiva, atractiva e que dê retorno a todos os investimentos e que permita atrair esse tipo de capitais que saem para outros destinos… num mundo em que há liberdade de movimento de capitais, também temos beneficiado de movimentos de capitais vindos de outros destinos e que são muito importantes para a economia portuguesa", declarou Mourinho Félix à margem de uma conferência organizada pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP).

 

O secretário de Estado referiu que o motivo de alerta e preocupação no passado teve a ver com aplicações feitas por entidades do perímetro do sector público e que estavam baseadas em entidades offshores. "Aí tomámos medidas e não temos esse tipo de aplicações", frisou.

 

"Que seja do meu conhecimento, o Estado não tem instituições que tenham aplicações em zonas offshore. Agora, os movimentos com zonas offshores é algo que existe, que faz parte do mundo moderno e algo com que temos de aprender a viver", acrescentou Mourinho Félix.

 

No entender do secretário de Estado, "obviamente que o ideal é que exista um equilíbrio fiscal e uma justiça fiscal que permita que os destinos de capitais não sejam determinados por regimes fiscais ultra atractivos. Agora, desde que seja cumprida a questão da transparência, da fraude e do combate ao branqueamento de capitais, vivemos num mundo de liberdade de capitais e Portugal também tem beneficiado dessa liberdade".

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