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Morreu Gabriel García Márquez

O escritor colombiano, Gabriel García Márquez, morreu esta quinta-feira aos 87 anos. Vencedor do Nobel em 1982 foi um dos maiores escritores do século XX, autor de obras como "Cem anos de solidão", "Amor em tempos de cólera", "Ninguém escreve do coronel" ou o "Outono do Patriarca".

Bloomberg
Negócios 17 de Abril de 2014 às 21:27
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Gabriel García Márquez, nascido a 6 de Março em Aracataca, morreu esta quinta-feira, 17 de Abril, aos 87 anos, na Cidade do México.

 

Autor de livros como "Cem anos de solidão", "Amor em tempos de cólera", "Ninguém escreve do coronel" ou o "Outono do Patriarca", "Gabo", como era conhecido entre os amigos, escreveu o seu último livro de ficção em 2004, "Memória das minhas putas tristes".

 

A sua bibliografia é de pouco mais de 30 títulos, entre romances, novelas, crónicas, material jornalístico e uma autobiografia, "Vivir para contarla" ("Viver para contar"), de 2002, tendo sido também argumentista com o seu amigo, o escritor mexicano Carlos Fuentes.

 

"O amor em tempos de cólera", "Notícia de um sequestro", "O outono do patriarca", "Ninguém escreve ao coronel" são alguns dos seus títulos na área de ficção, tendo García Marquez sido distinguido com vários prémios, entre os quais o Romulo Gallegos, Neustadt de Literatura e o Nobel.

 

O discurso que leu em Estocolmo quando recebeu o Nobel de Literatura, em 1982, "A solidão da América Latina", tornou-se um texto de referência da sua obra literária. O escritor era apontado como um dos expoentes da denominada corrente literária "Realismo Mágico".

 

Natural de Aracataca, na Colômbia, onde nasceu no dia 6 de Março de 1927, ficou a viver nesta cidade com os avós, quando os pais se mudaram para Barranquilla.

 

O avô era o coronel Nicolás Ricardo Márquez Mejía, um veterano da Guerra dos Mil Dias, e a sua avó, Tranquilina Iguarán. Segundo especialistas em Literatura, estes exerceram uma forte influência nas histórias do autor, destacando-se as personagens de "Cem anos de Solidão".

 

Em 1947, García Márquez mudou-se para Bogotá para estudar Direito e Ciências Políticas, curso que abandonou, mudando-se para Cartagena das Indias e empregando-se como jornalista no colombiano "El Universal". Fez parte ainda, entre outras, das redações do "El Heraldo" e do "El Espectador".

 

"La Hojarasca" foi o seu primeiro romance, publicado em 1955, já depois de casado, e de ter vivido nos Estados Unidos, onde foi espiado pela CIA, dada a sua simpatia pelo regime de Havana. Em 1961 publicou o segundo romance, "Ninguém escreve ao coronel" e em 1967 escreve a sua obra-prima "Cem anos de solidão".

 

(Notícia actualizada às 21h44)

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