Notícia
Monumentos melhoram acessos a turistas com investimento de dois milhões
Passear na Tapada de Mafra ou ir ao Castelo de São Jorge terá menos obstáculos para quem se desloca, por exemplo, em cadeira de rodas. As intervenções fazem parte de uma lista de 11 projectos que receberam apoios do Estado para "acelerar" o turismo inclusivo.
Visitar o Mosteiro da Batalha, o Convento de Cristo ou o Palácio de Mafra vai ficar mais fácil para quem tem problemas de mobilidade.
Estes locais de visita de turistas e nacionais vão ser alvo de intervenções, integrando uma lista de 11 projetos que vão investir 2,1 milhões de euros para tornar a oferta turística nacional mais acessível. Em apoios, vão receber a quase totalidade do que gastam: 1,7 milhões. São projetos tanto de empresas como de entidades públicas, num total de 9 promotores.
Foi em Setembro de 2016 que o Governo anunciou um pacote de cinco milhões de euros para "acelerar" o turismo inclusivo – aquele que tem em conta as necessidades dos turistas séniores, dos cidadãos com deficiência e de famílias com crianças.
Os primeiros resultados desta vertente do Programa Valorizar, destinado a melhorar a oferta turística em Portugal, são agora conhecidos. O maior apoio, de 400 mil euros, será entregue à Direção Geral do Património Cultural (DGPC) para obras no Mosteiro da Batalha e Convento de Cristo. A DGPC, nos três projetos apresentados, arrecadou 770 mil euros.
Em Lisboa, a EGEAC – empresa que gere vários equipamentos culturais – vai melhorar as acessibilidades no Castelo de São Jorge e no Cinema São Jorge. Já na Tapada de Mafra, a viagem de comboio passará a ser possível a quem se desloque de cadeira de rodas.
Quanto vai receber e o que vai fazer cada projeto?
1) Mosteiro da Batalha, Convento de Cristo e Palácio de Mafra: até agosto de 2019 serão investidos 400 mil euros para alterar as acessibilidades no Mosteiro da Batalha e no Convento de Cristo. Nestes locais, serão também feitas obras nas casas de banho. Em Mafra será instalado um elevador e uma plataforma elevatória, num investimento de 200 mil euros, a concretizar até dezembro deste ano. Estão ainda previstos 170 mil euros para que a DGPC possa melhorar o modo como a informação é apresentada em cinco museus. Aqui contam-se três projetos distintos.
2) Castelo de São Jorge e Cinema São Jorge: a EGEAC vai criar novas acessibilidades para os turistas nestes dois locais, através da aquisição de plataformas elevatórias e dispositivos de tração. O apoio público é de 57 mil euros, com as obras já em curso.
3) Tapada de Mafra: o comboio turístico que percorre a Tapada de Mafra terá uma carruagem adaptada para cadeiras de rodas. O projeto deverá estar concluído no próximo mês de Junho e conta com um apoio de 200 mil euros.
4) Ourém: a autarquia apresentou um projeto para tornar a informação turística mais acessível em Fátima e Ourém, com a instalação de painéis interativos até Julho. Terá quase 87 mil euros de apoio.
5) Museu Etnográfico e Posto de Turismo de Mira: a autarquia melhorará, até Julho, estes dois espaços, tanto nos acessos físicos como no acesso à informação. A linha de apoio vai cobrir 180 mil euros.
6) Associação BLC3: o projeto prevê tornar mais acessíveis visitas ao campo arqueológico desta associação em Bobadela, Oliveira do Hospital. O resultado estará no terreno até Novembro deste ano, com 130 mil euros em apoios.
7) Hotéis Vila Galé: até Junho, o grupo hoteleiro português vai adaptar 17 quartos em três hotéis no Porto, Lisboa e Vilamoura. O projeto, que vai receber um apoio de quase 64 mil euros, conta ainda com a criação de um quarto "antialérgico" em cada hotel ou menus de restaurante em "braille".
8) TourismForAll: a agência de viagens, já com oferta dedicada ao turismo inclusivo, vai investir num autocarro adaptado para o transporte de 10 cadeiras de rodas. O apoio público é de 200 mil euros, com o projeto a concluir-se em junho de 2018.
9) Galaxipotencial: a agência de viagens pretende criar, até junho, programas de turismo acessíveis no Caminho de Santiago. Uma viatura de transporte adaptada ou o transporte de cães guia fazem parte do projeto que recebe 60 mil euros.