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Ministros das Finanças apelam ao BCE para não subir os juros
Os ministros das Finanças da União Europeia consideram que não há razões para o Banco Central Europeu aumentar as taxas de juro, pois a subida dos preços na região está limitada aos bens energéticos.
Os ministros das Finanças da União Europeia consideram que não há razões para o Banco Central Europeu aumentar as taxas de juro, pois a subida dos preços na região está limitada aos bens energéticos.
Uma taxa de juro estável «faz sentido», disse o ministro das Finanças da Áutria, que é o vice-presidente da reunião mensal dos ministros das Finanças da União Europeia. «Neste momento não se sentem efeitos secundários» da escalada dos preços do petróleo, acrescentou, à chegada à reunião.
Esta declaração surge no dia em que o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, voltou a reiterar que a autoridade monetária da Zona Euro «está preparada» para subir a taxa de juro de referência para a Zona Euro «a qualquer altura».
Os ministros consideram que o BCE deve manter por mais tempo a taxa de juro nos 2%, o nível mais baixo dos últimos 60 anos, com o objectivo de impulsionar o crescimento económico da região. Na próxima semana a Comissão Europeia deverá cortar a sua previsão para o crescimento económico da Zona Euro de 2,1% para 1,9%, em 2006.
Pedro Solbes tem a mesma opinião que o seu colega austríaco. «Até ver, não estamos a sentir quaisquer efeitos secundários» derivados da escalada dos preços do petróleo. «Ainda não dos vi», disse o ministro espanhol, que já foi comissão europeu.
Os economistas, face ao discurso do BCE e ao facto de a inflação na Zona Euro estar já há 10 meses acima do limite de 2%, acreditam que a autoridade monetária, vai aumentar os juros já em Dezembro, ou no início de 2006.