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Ministro da Economia lamenta morte de João Salgueiro: "É uma grande perda para o país"

António Costa Silva considera que "é um dia triste para o país".

O ministro da Economia, António Costa Silva, garante que a execução do PRR e de outros fundos europeus “nunca esteve em causa”.
José Sena Goulão/Lusa
18 de Fevereiro de 2023 às 14:24
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O ministro da Economia, António Costa Silva, afirmou neste sábado que a morte do economista e ex-ministro João Salgueiro, na sexta-feira, aos 88 anos, representa "uma grande perda para o país".

"Eu penso que é um dia triste para o país, porque o doutor João Salgueiro foi um dos economistas mais brilhantes que o país já teve", disse António Costa Silva aos jornalistas em Seia, no distrito da Guarda, à margem da inauguração da 46.ª Feira do Queijo Serra da Estrela.

O ministro da Economia lembrou que João Salgueiro "participou em funções governativas, desenvolveu sempre a sua visão para o futuro da economia portuguesa", pelo que teve "uma participação ao nível cívico e ao nível governativo que é muito apreciada".

"É uma grande perda para o país. Temos que superar isso e continuar todo o esforço que estamos a fazer para transformar a economia portuguesa e prepará-la melhor para o futuro", concluiu António Costa Silva.

O antigo ministro João Salgueiro morreu na sexta-feira, aos 88 anos, anunciou a Presidência da República.

João Salgueiro tinha sido condecorado em dezembro de 2021 pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique, no encerramento do 5.º Congresso da Sedes - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social.

O economista foi fundador e mais tarde presidente da Sedes, constituída em 1970, para a qual Marcelo Rebelo de Sousa entrou pouco depois.

Licenciado em Economia, João Salgueiro foi subsecretário de Estado do Planeamento antes do 25 de Abril de 1974, entre 1969 e 1971, e depois ministro de Estado e das Finanças e do Plano, entre 1981 e 1983.

Foi também deputado eleito pelo PSD, vice-governador do Banco de Portugal, presidente do Banco de Fomento Exterior, administrador da Caixa Geral de Depósitos e vice-presidente do Conselho Económico e Social.

Em 1985, defrontou Cavaco Silva na corrida à liderança do PSD e perdeu por uma diferença de 57 votos.

Na sexta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que Portugal perdeu "um dos seus mais brilhantes economistas da segunda metade do século XX".
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