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As reações à morte de João Salgueiro: “Economista brilhante”, “Inteligência invulgar”

Governo, Assembleia da República, PSD, Cavaco Silva e outros protagonistas da vida pública reagem à morte do antigo ministro e convergem nos elogios.

'Precisamos de ter uma convergência estratégica, e não táctica. [Com] PS e PSD seria convergência estratégica, porque têm tido todos o mesmo projecto' e 'têm o mesmo conjunto de prioridades e objectivos', defendeu o ex-ministro das Finanças João Salgueiro.
Miguel Baltazar/Negócios
18 de Fevereiro de 2023 às 15:00
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O Governo, o PSD, o presidente da Assembleia da República, o antigo presidente Cavaco Silva, o Banco de Portugal, entre outras organizações e figuras públicas, enaltecem o percurso do antigo ministro João Salgueiro, falecido nesta sexta-feira aos 88 anos.

O antigo presidente da República Aníbal Cavaco Silva faz saber numa nota enviada à agência Lusa que Salgueiro procurou ajudar o país "a encontrar o rumo certo".

Cavaco Silva sublinhou o papel de Salgueiro enquanto membro fundador da SEDES [Associação para o Desenvolvimento Económico e Social], "associação que vem dando um importante contributo para a identificação das reformas indispensáveis à construção de um Portugal de ambição, e da qual permaneceu sempre um associado muito ativo".

"A vida cruzou o meu destino com o de João Salgueiro, algo inesperadamente, no Congresso da Figueira da Foz, em que disputámos a liderança do PSD. Mantive sempre uma boa relação com o Dr. João Salgueiro, beneficiando em diferentes momentos dos seus conselhos alicerçados num sólido pensamento económico", lembrou ainda Cavaco Silva.

O presidente do PSD também reagiu ao desaparecimento do antigo ministro, escrevendo no Twitter que o lembra como um homem "com invulgar inteligência" e "dedicação à causa pública".

O líder social-democrata lembrou ainda que João Salgueiro "pensou e fez pensar Portugal".


Também o PSD enviou uma nota de pesar às redações lembrando que o percurso de vida de João Salgueiro "acompanha a história do PSD e de Portugal", sublinhando que este "foi um notável cidadão, economista exímio e respeitado".

"Por diversas vezes foi chamado ao exercício de funções públicas, cumprindo-as e distinguindo-se com inteligência, seriedade e amor à liberdade", pode ler-se na nota.

Neste sábado, em declarações aos jornalistas, o ministro da Economia, António Costa Silva, afirmou que o desaparecimento do antigo governante representa "uma grande perda para o país".

O presidente da Assembleia da República, também no Twitter, escreveu que Salgueiro "marcou a vida pública portuguesa do seu tempo".


O Banco de Portugal também lamentou o desaparecimento do economista, que foi vice-Governador em 1974.

A Associação Portuguesa de Bancos (APB), entidade que liderou entre 1994 e 2009, lembra-o como um "ilustre economista, gestor bancário, governante e cidadão civicamente empenhado". A APB entende que João Salgueiro deixa uma "marca indelével na sociedade portuguesa, cujo desenvolvimento sempre norteou a sua ação", pode ler-se numa nota enviada às redações.

Também o Fundo de Garantia de Depósitos (FGD) lamentou a morte do economista: "Figura marcante da vida económica, financeira e cívica de Portugal, o Senhor Dr. João Salgueiro exerceu, no período de 2003 a 2016, as funções de vogal da Comissão Diretiva do Fundo de Garantia de Depósitos, indicado pela Associação Portuguesa de Bancos", recorda o FGD numa nota enviada às redações.

"Deixou a sua indelével marca em todos os que com ele trabalharam e puderam beneficiar das suas notáveis qualidades", acrescenta.

A SEDES, Associação para o Desenvolvimento Económico e Social da qual Salgueiro foi um dos fundadores, escreveu em comunicado que "humanista e democrata, João Salgueiro era um Patriota sempre ao serviço, tinha um sentido de missão único e uma visão de futuro, por um país mais justo e equitativo".

"Perde o país e perdemos todos, com o falecimento um dos portugueses mais brilhantes das últimas décadas, deixou-nos um Português maior, uma referência e exemplo que procuraremos sempre honrar", considera a SEDES.

O antigo ministro das Finanças faleceu na sexta-feira aos 88 anos, anunciou a presidência da República.

"Portugal perdeu hoje um dos seus mais brilhantes economistas da segunda metade do século XX", escreveu Marcelo Rebelo de Sousa.
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