Notícia
Ministro da Defesa assume reforço da parceria com África como prioridade da presidência da UE
João Gomes Cravinho interveio hoje no II Seminário de Defesa Nacional para elencar o conjunto de prioridades que a presidência portuguesa da União Europeia terá entre janeiro e junho, começando por sublinhar a importância de uma parceria europeia com o continente africano "em matéria de paz e segurança".
27 de Novembro de 2020 às 11:57
O ministro da Defesa Nacional assumiu hoje que a presidência portuguesa da União Europeia terá como prioridade o reforço da parceria com África em matéria de paz e segurança, travando a "crescente instabilidade e violência" no continente.
João Gomes Cravinho interveio hoje no II Seminário de Defesa Nacional para elencar o conjunto de prioridades que a presidência portuguesa da União Europeia terá entre janeiro e junho, começando por sublinhar a importância de uma parceria europeia com o continente africano "em matéria de paz e segurança".
"A parceria europeia com África deverá mobilizar todos os vastos e importantes recursos que a União Europeia tem ao seu dispor para contrariar a tendência de crescente instabilidade e violência, nomeadamente no Sahel, na África Subsariana, na orla do Mediterrâneo e no Atlântico", sustentou.
Este trabalho, segundo o ministro, só poderá ser feito através de "missões e operações militares da UE mais eficazes no terreno, em cooperação com as organizações multilaterais regionais, nomeadamente as organizações africanas e as Nações Unidas".
Considerando que a segurança da Europa e de África "está profundamente dependente de dinâmicas que ocorrem no mar", Gomes Cravinho anunciou que irá apresentar oficialmente o Centro do Atlântico, "uma iniciativa multinacional liderada por Portugal e que promove a segurança cooperativa e tem particular enfoque na segurança marítima", investindo também nas Presenças Marítimas Coordenadas da UE para garantir "melhor coordenação da presença militar da União e de outros parceiros regionais, nomeadamente no Golfo da Guiné".
O responsável pela pasta da Defesa sublinhou ainda a importância de uma "economia europeia de defesa forte", que permita alcançar "a liderança tecnológica e industrial na UE", mas que apenas será entendida pelos cidadãos europeus se tiver "impactos reais" na economia dos estados-membros.
"Uma prioridade absoluta para Portugal é que o futuro Fundo Europeu de Defesa garanta um estímulo adequado à participação de pequenas e médias empresas, garantindo assim uma real difusão dos benefícios e oportunidades deste novo programa", sustentou.
O reforço das relações com a NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) será também uma "prioridade clara", na qual o ministro promete trabalhar "de forma entusiasmada" com a administração Biden, para que esta relação seja "mais ambiciosa e com resultados tangíveis".
No que definiu como uma "era de transição", com a "ascensão da China e o reposicionamento dos Estados Unidos e da própria Europa", Gomes Cravinho considerou que em 2020 "a classe política deve abrir uma reflexão sobre como melhor enquadrar as capacidades das Forças Armadas nas nossas respostas como sociedade", acreditando que o país beneficiará de "soluções compreensivas que mobilizem os diferentes recursos do Estado de forma integrada".
O II Seminário da Defesa Nacional, organizado pelo Instituto de Defesa Nacional (IDN), teve início no dia 26 com um conjunto de sessões privadas e termina esta sexta-feira, tendo como objetivo promover "a discussão de temas centrais para a Defesa Nacional, reunindo os intervenientes e a comunidade de interessados que acompanham e participam nesta política pública de soberania".
João Gomes Cravinho interveio hoje no II Seminário de Defesa Nacional para elencar o conjunto de prioridades que a presidência portuguesa da União Europeia terá entre janeiro e junho, começando por sublinhar a importância de uma parceria europeia com o continente africano "em matéria de paz e segurança".
Este trabalho, segundo o ministro, só poderá ser feito através de "missões e operações militares da UE mais eficazes no terreno, em cooperação com as organizações multilaterais regionais, nomeadamente as organizações africanas e as Nações Unidas".
Considerando que a segurança da Europa e de África "está profundamente dependente de dinâmicas que ocorrem no mar", Gomes Cravinho anunciou que irá apresentar oficialmente o Centro do Atlântico, "uma iniciativa multinacional liderada por Portugal e que promove a segurança cooperativa e tem particular enfoque na segurança marítima", investindo também nas Presenças Marítimas Coordenadas da UE para garantir "melhor coordenação da presença militar da União e de outros parceiros regionais, nomeadamente no Golfo da Guiné".
O responsável pela pasta da Defesa sublinhou ainda a importância de uma "economia europeia de defesa forte", que permita alcançar "a liderança tecnológica e industrial na UE", mas que apenas será entendida pelos cidadãos europeus se tiver "impactos reais" na economia dos estados-membros.
"Uma prioridade absoluta para Portugal é que o futuro Fundo Europeu de Defesa garanta um estímulo adequado à participação de pequenas e médias empresas, garantindo assim uma real difusão dos benefícios e oportunidades deste novo programa", sustentou.
O reforço das relações com a NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) será também uma "prioridade clara", na qual o ministro promete trabalhar "de forma entusiasmada" com a administração Biden, para que esta relação seja "mais ambiciosa e com resultados tangíveis".
No que definiu como uma "era de transição", com a "ascensão da China e o reposicionamento dos Estados Unidos e da própria Europa", Gomes Cravinho considerou que em 2020 "a classe política deve abrir uma reflexão sobre como melhor enquadrar as capacidades das Forças Armadas nas nossas respostas como sociedade", acreditando que o país beneficiará de "soluções compreensivas que mobilizem os diferentes recursos do Estado de forma integrada".
O II Seminário da Defesa Nacional, organizado pelo Instituto de Defesa Nacional (IDN), teve início no dia 26 com um conjunto de sessões privadas e termina esta sexta-feira, tendo como objetivo promover "a discussão de temas centrais para a Defesa Nacional, reunindo os intervenientes e a comunidade de interessados que acompanham e participam nesta política pública de soberania".