O Ministério das Finanças confirma que vai promover uma operação de “private placement” (colocação privada) de dívida soberana, mas recusa “fazer qualquer comentário sobre a respectiva contraparte", afirmou à Reuters.

Fonte oficial das Finanças frisou à agência noticiosa que “as operações de colocação privada do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP) são feitas sem divulgação da respectiva contraparte, de acordo com a prática do mercado”.

Quanto ao objectivo, “todas as operações de colocação de dívida levadas a cabo pelo IGCP inserem-se na estratégia que tem vindo a ser seguida de diversificação da base de investidores”.

Em entrevista recente também à Reuters, Carlos Pina adiantou que Portugal tem “sentido receptividade” entre os responsáveis da China e que esta é uma "relação que quer intensificar”, vincando: "pelo que não ficamos surpreendidos com a presença acrescida de instituições financeiras chinesas no nosso mercado de dívida pública”.

Poucos dias depois, o presidente chinês, Hu Jintao, em visita oficial a Portugal, afirmou que a China irá apoiar os esforços de Portugal para lidar com a crise financeira mundial, mas evitou comprometer-se publicamente com a compra de dívida soberana de Portugal.