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Milionários são mais mas menos ricos

Haverá 11 milhões de milionários no mundo, um pouco mais do que a população de Portugal. Pela primeira vez, são mais numerosos na Ásia-Pacífico do que em qualquer outra parte do mundo, conclui estudo.

19 de Junho de 2012 às 16:13
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Depois de se verificar um crescimento robusto de 8,3% em 2010, a população global de milionários cresceu marginalmente em 0,8%, correspondendo a 11 milhões de indivíduos em 2011. Em contraste, a riqueza global detida por este universo diminuiu, entre 2010 e 2011, de 42,7 biliões para 42 biliões de dólares (33,2 biliões de euros, ao câmbio actual). Estas são conclusões do 16º "World Wealth Report 2012", publicado hoje pela consultora Capgemini, em parceria com o RBC Wealth Management. O decréscimo, de 1,7%, é o primeiro desde a crise económica mundial de 2008, ano em que a riqueza dos mais ricos regrediu 19,5%.

Entre os milionários, há dinâmicas distintas: observou-se crescimento (1,1%) da riqueza entre os que detêm rendimentos avaliados entre um e cinco milhões de dólares. Já a riqueza dos multimilionários caiu 4,9%.

A riqueza financeira global individual dos indíviduos com alto rendimento diminuiu em todas as regiões em 2011, à excepção do Médio Oriente.

Ainda que menos ricos, o número de milionários na Ásia-Pacífico aumentou 1,6% ao longo do ano passado. São agora 3,37 milhões, mais do que os 3,35 milhões existentes na América do Norte, o que faz com que, pela primeira vez, esta região (onde se inclui a China) se tenha convertido na que mais milionários tem em todo o mundo. A América do Norte continua, porém a ser a região com a maior riqueza acumulada, correspondendo a 11,4 biliões de dólares, que comparam com 10,7 biliões de dólares da Ásia-Pacífico.

O ranking dos países com mais milionários permanece liderado pelos Estados Unidos, seguidos do Japão e da Alemanha. Juntos têm 53,3%, ou seja mais de metade, dos milionários do mundo. O estudo destaca, porém, o crescimento do número de super-ricos no Brasil (6,2% entre 2010 e 2011).

"Enquanto aumentou o número de pessoas cujo nível de riqueza ultrapassou um milhão de dólares, diminuiu a riqueza agregada, devido à volatilidade dos mercados", explica George Lewis, chefe de departamento no RBC Wealth Management, ao destacar a circunstância de 2011 ter sido o segundo período mais volátil dos últimos 15 anos.

Esta volatilidade está relacionada com os riscos de contágio da crise da dívida que assolou a Zona Euro, o que somado à incerteza sobre a trajectória da economia em várias outras partes do mundo, aumentou a aversão ao risco por parte dos investidores, que privilegiaram activos mais seguros a rendibilidades mais elevadas.
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