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Miguel Milhão: "O processo de globalização acabou em 2018"

Fundador da Prozis defende que o comércio global está já em processo de profunda mudança e acredita que a empresa que criou está bem adaptada para superar esses desafios.

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12 de Outubro de 2022 às 15:00
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O fundador da Prozis acredita que o modelo de comércio mundial está em processo de transformação e que a globalização da economia é um cenário do passado. Perante isto, Miguel Milhão acredita também que a forma como desenhou a estrutura e funcionamento da sua empresa é garantia de sucesso.

"O mundo vai ser muito mais instável do que era no passado. O processo de globalização acabou em 2018 e qual é a empresa que consegue reagir melhor a isto?", questiona o excêntrico gestor no podcast "Conversas Visíveis", adiantando que, no seu entender, "estamos no fim da expansão monetária e os EUA têm de começar a reduzir os recursos que estão a gastar". "Vão deixar de segurar o mundo e deixar de gastar dinheiro, por exemplo, a manter o canal do Suez aberto", argumentou.

Miguel Milhão, que este verão esteve nas bocas do mundo pela sua posição antiaborto, é dono de um império que fatura 150 milhões de euros e emprega mais de mil pessoas. A Prozis tem sede na Póvoa de Lanhoso, onde estão também instaladas seis das 10 unidades industriais do grupo, e exporta para todo o mundo.



É também o convidado desta semana do podcast Conversas Visíveis, numa conversa conduzida pelos colunistas da Mão Visível Jorge Marrão e Paulo Carmona.O episódio estará disponível no site do Negócios e nas plataformas Apple Podcasts e Spotify a partir desta quinta-feira.

"No caso da Prozis, se a globalização continuar a Prozis continua a ter sucesso. Se acabar, terá muito mais sucesso comparando com outras empresas", defendeu Milhão, justificando esta "flexibilidade" com o modelo de negócio que criou.

Segundo o fundador da marca da área da suplementação desportiva, a empresa é composta por uma "infraestrututra que vai desde a produção dos produtos, ao desenvolvimento, criação, faz todos os processos no meio e até à entrega final". 
"Nós fazemos o nossos software, o nosso marketing", explica no podcast.

 

"Hoje em dia, todo o fenómeno de inflação e falta de produtos é o ideal para a Prozis. Quando digo o ideal é porque as outras empresas têm muito mais problemas do que nós. Quando eu tenho uma margem bruta imensa, se não tiver um determinado ingrediente mudo a fórmula, mudo a etiqueta, mudo o marketing e estou a vender um novo produto em 15 dias", argumenta.

O gestor vai mais longe e dá o exemplo: "Vamos imaginar que acaba a internet. Eu consigo entregar os catálogos na casa das pessoas com as minhas carrinhas".







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