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Mexia avança com projecto da terceira travessia rodoviária Algés/Trafaria
O ministro das Obras Públicas quer avançar com o projecto da terceira travessia do Rio Tejo, mas apenas na sua vertente rodoviária. O corredor Algés/Trafaria é o preferido porque permite fechar a CRIL com a sua ligação à margem Sul e descongestionar uma z
O ministro das Obras Públicas quer avançar com o projecto da terceira travessia do Rio Tejo, mas apenas na sua vertente rodoviária. O corredor Algés/Trafaria é o preferido porque permite fechar a CRIL com a sua ligação à margem Sul e descongestionar uma zona com muito tráfego.
Ontem, em entrevista à RTP, António Mexia explicou porque desistia da travessia rodo-ferroviária. Para o ministro, uma ponte com as duas componentes é praticamente tão cara como duas pontes simples, pelo que, defende, faz mais sentido fazer a travessia rodoviária onde ela é mais útil. Em relação à travessia ferroviário do Tejo para o projecto de alta velocidade, o ministro tinha defendido o estudo da ponte 25 de Abril.
A travessia rodoviária Algés/Trafaria pode ser em construída em túnel, com vantagens do ponto de vista ambiental, adiantou o ministro, que assim vai de encontro ao projecto apresentado pela Lusoponte ao Governo de Durão Barroso.
A concessionária das travessias rodoviárias do Tejo propôs a construção de uma terceira travessia em Algés/Trafaria que poderia adoptar a estrutura de túnel. O investimento estimado pela Lusoponte era de mil milhões de euros. A Lusoponte tem o exclusivo da exploração rodoviária das travessias do estuário do Tejo.
Com estas opções, António Mexia introduz alterações significativas à política do seu antecessor sobre estes projectos. Carmona Rodrigues preferia a terceira travessia no eixo Chelas/Barreiro, primeiro ferroviária para permitir a entrada do comboio de alta velocidade em Lisboa, e depois, mais tarde, eventualmente ferroviária. Esta era aliás a opção que estava a ser estudada pela RAVE – Rede de Alta Velocidade e que foi proposta já a este ministro.
Na entrevista à RTP, o ministro anunciou ainda a intenção de avançar já no próximo ano com uma nova travessia rodoviária do Douro.
Sobre o projecto de alta velocidade, Mexia diz que as prioridades em termos de início da exploração vão para o Porto/Vigo e o Porto/Lisboa, sobretudo para esta linha onde as empresas portuguesas, designadamente a CP, podem testar as suas competências, desde a área da construção até à exploração.