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Mercado desconfia que Portugal vai sofrer novo corte de "rating"

Às dúvidas lançadas hoje pela Fitch sobre a capacidade de o Estado português reduzir até 2013 o défice orçamental de 8,3% para 3%, juntam-se também as interrogações dos analistas internacionais que seguem o mercado de dívida. Às agências de notícias internacionais afirmam que é provável novo corte de "rating" .

27 de Janeiro de 2010 às 13:17
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Às dúvidas lançadas hoje pela Fitch sobre a capacidade de o Estado português reduzir até 2013 o défice orçamental de 8,3% para 3%, juntam-se também as interrogações dos analistas internacionais que seguem o mercado de dívida. Às agências de notícias internacionais afirmam que é provável novo corte de “rating”.

Os especialistas de mercado temem que as medidas de consolidação orçamental presentes na proposta do Orçamento do Estado para 2010, sejam insuficientes para impedir que as agências de “rating” voltem a cortar a notação da dívida da República.

Portugal “será um caso em que as pessoas dirão que precisa de ser muito mais rigoroso, por isso existem, sem dúvida, alguns riscos”, afirmou à Bloomberg Marc Ostwald, estratega de investimento no mercado de dívida na Monument Securities, em Londres.

E acrescentou que “o mercado vai focar-se no que as agências de ‘rating’ irão fazer. Suspeito que o risco é que cortem o rating”.

Já o economista do BNP Paribas, Luigi Speranza, refere numa nota divulgada hoje aos clientes que, embora o corte de um ponto percentual previsto para o défice orçamental em 2010 (para 8,3%), “tendo como pano de fundo uma maior sensibilidade do mercado em relação às tendências orçamentais a nível global, é provável que o mercado se mantenha nervoso quanto à exequibilidade das projecções de correcção para lá de 2010”.

Por seu lado, o economista Christoph Weil, do Commerzbank, considera que o corte do défice de 9,3% em 2009 para 8,3% em 2010 “dificilmente pode ser considerado ambicioso, mas é alcançável”, afirma também numa nota aos investidores citada pela Bloomberg. Mas, mais uma vez, para não estar muito convencido que o OE seja dissuasor de novas acções das agências de rating. Deixa no ar a dúvida: “ainda não é certo se a consolidação orçamental é suficiente para dissuadir as agências de ‘rating’ de cortarem a qualidade do crédito de Portugal”.



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