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Menos de 1% tem mais de 45% da riqueza mundial
Há 33 milhões de pessoas no mundo com mais de um milhão de dólares de património, de acordo com um estudo do Credit Suisse.
A proporção de pessoas com um património acima de um milhão de dólares é de 0,7% da população mundial. Este grupo detém 45,6% da riqueza mundial, segundo um estudo do Credit Suisse. Já na base da pirâmide, isto é, pessoas em que o património não excede os dez mil dólares, está 73,2% dos adultos no mundo. Estes 3,5 mil milhões detêm 2,4% da riqueza global.
Uma das conclusões do estudo é que a desigualdade continua a aumentar. "As nossas estimativas sugerem que a metade mais baixa da população global detenha colectivamente menos de 1% da riqueza global, enquanto os 10% adultos mais ricos detêm 89% de toda a riqueza, com o top 1% [os 1% mais ricos] a contar com metade dos activos globais", analisa o Credit Suisse no relatório Global Wealth Report.
Os autores do estudo observam que "nos anos mais recentes, a desigualdade na riqueza teve uma tendência de subida, motivada em parte pelo aumento da proporção dos activos financeiros e pelo fortalecimento do dólar". Referem que "há sinais de que estes factores subjacentes estão a diminuir, mas o impacto disso na desigualdade da riqueza ainda não é evidente".
O Credit Suisse analisa a base da pirâmide, fazendo distinções entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento. "Nos países desenvolvidos, apenas cerca de 20% dos adultos estão nesta categoria, e para a maioria a inclusão é ou transitória – devido a perdas com negócios ou desemprego, por exemplo – ou à fase do ciclo de vida", refere o relatório.
Já em África ou na Índia "mais de 90% da população adulta está nesta categoria", diz o Credit Suisse. E acrescenta que, "para muitos residentes destes países com baixo rendimento, permanecerem na base inferior da pirâmide é mais a regra que a excepção".