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May quer acordo do G20 para combater financiamento do Estado Islâmico

O Governo britânico quer que a Cimeira do G20 chegue um entendimento sobre formas de restringir o financiamento ao terrorismo, atacando transferências de baixo valor e partilhando informação com instituições financeiras privadas.

Reuters
07 de Julho de 2017 às 00:01
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O combate ao terrorismo e extremismo é uma das prioridades da primeira-ministra, Theresa May, para esta reunião, avançou uma porta-voz a jornalistas em Londres, perante indícios de que o grupo radical Estado Islâmico continua a receber transferências monetárias do estrangeiro. 

 

Londres quer que a comunidade internacional se entenda sobre este assunto e elege como alvo principal o financiamento ao terrorismo e o estudo de novas formas de cortar os fluxos de dinheiro que permitem que os terroristas levem a cabo ataques.

 

Theresa May vai apelar à acção para desenvolver ferramentas que identifiquem melhor transacções suspeitas de montantes reduzidos, que muitas vezes são difíceis de identificar, mas que podem ser vitais para pequenos ataques de terroristas solitários.

 

Uma segunda medida que vai sugerir é o aumento de fiscalização em centros financeiros regionais, como Dubai, Singapura, Hong Kong, Austrália e Suíça, para melhorar a partilha de informação entre autoridades e empresas privadas e assim evitar que dinheiro chegue a terroristas.

 

Outro tema em debate deverá ser a necessidade de maior acção das redes sociais e dos fornecedores de Internet para limitar a comunicação e informação usada por extremistas, algo que May tem referido em diversas ocasiões, sobretudo após os ataques terroristas em Londres e Manchester.

 

A segunda prioridade da chefe do Governo britânico é a imigração e a necessidade de todos os países participantes reconhecerem o problema e de trabalharem juntos para combater o que está na origem, pretendendo apresentar um plano para um "sistema de migração global segura e ordeira".

 

Theresa May chega esta noite a Hamburgo, onde a cimeira decorre, na sexta-feira e no sábado, esperando-se a participação de 36 delegações internacionais.

 

No primeiro dia terá lugar a tradicional "foto de família", sessões de trabalho, um concerto musical e depois um jantar social com os respectivos parceiros, incluindo o marido de May, Philip.

 

As sessões de sexta-feira vão centrar-se na luta contra o terrorismo, comércio e a economia e as alterações climáticas e as de sábado vão focar-se em África, migração, saúde e digitalização. O evento deverá concluir-se com conferências de imprensa por cada um dos líderes dos países participantes.

 

Theresa May deverá aproveitar o encontro para uma série de encontros bilaterais, mas apenas foi confirmado um com o Presidente norte-americano, Donald Trump.

 

Um dos assuntos que vai levantar será o abandono dos EUA do Acordo de Paris contra as alterações climáticas, atitude com que May já manifestou publicamente não concordar. "Quando eles falaram na noite em que a decisão foi tomada, ele disse que a porta estava aberta. Ela vai reiterar o facto de preferir que os EUA continuem no acordo e que espera que a porta não esteja fechada a isso", referiu a porta-voz da primeira-ministra.

 

Em paralelo, na sexta-feira também vai estar em Hamburgo o ministro das Finanças, Philip Hammond, que vai reunir-se com os homólogos dos países do G20. 

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